Economia aquecida contribui para IDHM alto no DF
A recente sondagem “A Força do Distrito Federal”, realizada pela PwC Brasil com empresários da região, retrata o panorama da economia no DF e das perspectivas do mercado para este ano, reforçando a economia aquecida, principalmente pelo forte mercado consumidor – o que contribuiu bastante para elevar o IDHM.
De acordo com levantamento “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), o Distrito Federal ocupa o primeiro lugar do ranking dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do país.
“Com a economia movimentada pela administração pública e pelos setores de comércio e serviços, responsável por 94% do PIB de Brasília e das cidades do Entorno, o DF é um território próspero. Isso ocorre graças à alta remuneração dos servidores públicos e também à demanda de produtos e serviços dos Três Poderes e de todas as suas ramificações”, explica Geovani Fagunde, sócio da PwC Brasil que liderou as operações para a elaboração da sondagem.
O estudo das Nações Unidas demonstra que a renda per capita mensal do DF saltou de R$ 916, em 1991, para R$ 1.715,11, em 2010. Em dois indicadores (renda e longevidade), o Distrito Federal registra índices considerados muito altos. A capital do país registrou, em 2010, IDHM geral de 0,824 (muito alto); 0,863 no indicador renda, 0,742, no de educação (alto) e 0,873 no de longevidade.
A análise foi realizada utilizando mais de 180 indicadores socioeconômicos, que têm por base os censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre 1991 e 2010 e é dividido em três dimensões do desenvolvimento humano: longevidade, educação e renda. O índice varia de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.
Sondagem empresarial – A pesquisa realizada pela PwC revela otimismo entre o empresariado do DF: o aumento e o direcionamento previstos para os investimentos das empresas comprovam a confiança no poder de expansão do Distrito Federal e uma firme aposta no desempenho futuro. A maioria dos entrevistados na sondagem empresarial afirma que fará investimentos no DF, e a grande parte dos investimentos será destinada à instalação de equipamentos (73%), o que demonstra um planejamento de longo prazo.
Contratação de pessoal é o segundo item mencionado, com 60%. “Na maioria dos casos, as empresas pretendem manter ou aumentar o número de funcionários – e em todos os níveis ainda este ano – o que influencia sobremaneira na formação de um mercado consumidor mais forte e, consequentemente nos critérios de renda que fazem com que o IDHM do DF seja o mais alto”, afirma Fagunde.
Desafio dos negócios
O levantamento aponta que os empresários do Distrito Federal percebem a carga tributária como o maior entrave à economia. Este item é citado por 65% dos entrevistados, ao serem questionados sobre os fatores que têm mais impacto em seus negócios.
O segundo problema mais citado – “contratação e retenção de capital humano”, com 44% das respostas – revela uma peculiaridade regional: a concorrência com os cobiçados cargos do serviço público. “Os profissionais bem preparados que as empresas querem reter tendem a ter condições também de passar pelo funil dos concursos públicos e conseguir um emprego bem remunerado com direito a estabilidade, além de outras vantagens que a iniciativa privada não consegue proporcionar”, analisa Fagunde.
Segundo a sondagem da PwC, a maioria das empresas do Distrito Federal deve enfrentar os desafios, ampliando a sua atuação em novos mercados e com novos produtos, segundo 52% dos entrevistados, o que significa atravessar os limites da Unidade da Federação e levar a outros Estados a expertise de atender plenamente às demandas da administração pública. Uma expansão que pode envolver alianças estratégicas, segundo ponto mais mencionado, com 33%. As respostas a essa questão demonstram a necessidade de reduzir o impacto da carga tributária e de aprimorar produtos e serviços, avançando tecnologicamente e adotando conceitos modernos de gestão.
“A visão, a ousadia e coragem que os líderes empresariais demonstram diante dos desafios que têm pela frente mostra que o Distrito Federal é uma Unidade da Federação que continua sendo desenvolvida com o mesmo espírito empreendedor de seus fundadores”, destaca o sócio Geovani Fagunde.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
Fonte