Com verba federal, energia solar será instalada em 17 escolas do GDF
Emenda impositiva de senador também prevê instalação em três hospitais Secretaria de Educação diz que sistema entra em operação ainda este ano.
Foto: TV Globo/Reprodução
Placas fotovoltaicas convertem luz solar em energia elétrica para uso doméstico e comercial
Até o fim do ano, 17 escolas públicas do Distrito Federal devem receber sistemas de energia solar custeados pelo governo federal. O investimento é previsto em R$ 10 milhões e, segundo o GDF, deve reduzir em até 80% o gasto de energia nas unidades de ensino. O projeto ainda será alvo de licitação e deve ser gerenciado pela Companhia Energética de Brasília (CEB).
"Vai se estabelecer uma parceria com CEB, e todo o recurso que for economizado virá para a escola aplicar em outros benefícios. O importante de um processo desses é, sobretudo, dar ao aluno conhecimento e consciência de outros métodos de geração de energia elétrica, despertar o uso racional dessa energia", afirmou o secretário de Educação, Júlio Gregório, durante uma demonstração da tecnologia nesta sexta-feira (8), na Escola Parque 307/308 Sul.
Os R$ 10 milhões a serem investidos estão previstos em uma emenda parlamentar impositiva proposta pelo senador Helio José (PSD-DF), suplente do governador Rodrigo Rollemberg no Congresso. Além das 17 instituições de ensino, os hospitais regionais de Samambaia, Paranoá e Ceilândia também deve receber os painéis solares.
"Como engenheiro eletricista, acompanhando as dificuldades no sistema elétrico, a carestia que está a conta de luz, eu não poderia perder essa oportunidade de pegar as minhas emendas e investir na conscientização do nosso povo", diz o senador.
As escolas que receberão o projeto piloto de energia solar estão localizadas em Arapongas, Brazlândia, Candangolândia, Gama, Itapoã, Lago Oeste, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Planaltina, Plano Piloto, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e II, Samambaia, Santa Maria, Sobradinho e Taguatinga.
Gregório afirma que a verba federal vem "carimbada" e não pode ser utilizada para financiar outros custos da pasta. "A secretaria não teria como utilizar esse dinheiro para qualquer outra coisa que não este projeto", diz. Segundo ele, o projeto não será complementado com verbas do GDF, e a pasta vai aguardar a liberação de novas emendas parlamentares para expandir o sistema de energia solar.
Urgências
No começo do ano, a Secretaria de Educação adiou o início do ano letivo em duas semanas na tentativa de reformar parte das 657 escolas da rede pública. A pasta também previa usar R$ 10 milhões em verbas federais, por meio do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf), mas revisou o valor para baixo e empregou R$ 3,5 milhões em 340 unidades de ensino.
Questionado sobre as outras urgências da rede pública de educação, José afirmou que "tudo é importante" e que as outras demandas estão sendo enfrentadas pelo governo local. Segundo ele, o sistema passa a ser rentável em um prazo médio de cinco anos.
"Isso vai representar uma economia firme para cada escola todo mês, que não vai precisar pagar R$ 1 mil, R$ 2 mil, R$ 4 mil com energia. Se a produção for maior que o consumo, ela vai poder até exportar crédito de energia para a rede", diz o parlamentar.
Emendas
Em março, o Executivo federal aceitou liberar R$ 10 milhões em emendas para parlamentares novatos, empossados no início de 2015. Pela regra comum, os deputados e senadores recém-chegados só poderiam indicar recursos para o orçamento de 2016. Com o aval, o Planalto abriu caminho para aprovar a Lei Orçamentária deste ano, que ficou pendente de 2014.
http://g1.globo.com/distrito-federal...as-do-gdf.html