Setor de serviços do DF supera administração pública em empregos
Inversão ocorre pela primeira vez na história, diz Ministério do Trabalho DF tem maior salário do país, mas renda média caiu entre 2010 e 2011.
Pela primeira vez, o setor de serviços ultrapassou a administração pública em número de empregos no Distrito Federal, aponta a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho, que compara dados dos anos de 2010 e 2011.
Entre 2010 e 2011, o total de postos formais de trabalho no DF passou de 1.099.832 para 1.156.908, um crescimento de 5,19%. O setor de serviços subiu acima dessa média (7,33%), com 30.017 mais vagas entre os dois anos – de 409.607, em 2010, para 439.624, em 2011.
Já na administração pública, o número de vagas passou de 414.101 para 425.760, um aumento de 2,82%.
Para o diretor do departamento de emprego e salário do Ministério do Trabalho, Rodolfo Torelly, o crescimento do setor de serviços é uma tendência mundial. “O setor serviços é o maior setor, é o grande futuro do emprego no mundo. Brasília é uma metrópole, e como tal, vê o setor de serviço crescer.”
São classificadas como setor de serviços as atividades em instituições financeiras, comércio e administração de imóveis, transporte e comunicações, alojamento e alimentação e nas áreas médica, odontológica e de ensino.
Torelly afirma que outra área que tende a crescer é o comércio, e um dos motivos dessa mudança é a mecanização na indústria e agropecuária.
Salário em queda
Apesar de manter a maior média salarial em 2011, com R$ 3.835,11, na comparação com o ano anterior, o DF foi uma das três unidades da federação com queda na remuneração média. Em 2010, a população empregada no Distrito Federal ganhava, em média, R$ 3.939,65.
Entre os setores que puxaram o valor médio do rendimento estão a administração pública e a construção civil, informa o diretor do departamento de emprego e salário do Ministério do Trabalho.
“Nossos apontamentos indicam que houve na administração pública a substituição de funcionários aposentados por contratados recentes e a ausência de um reajuste linear para toda a categoria. A construção civil, a gente acredita que seja a mudança no perfil da mão de obra contratada, porque o emprego cresceu muito, mas o rendimento médio diminuiu ligeiramente”, diz Rodolfo Torelly.
No Brasil, a média salarial passou de R$ 1.847,92, em 2010, para R$ 1.902,13, em 2011, um aumento de 2,93%.
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