O novo cartão postal de Brasília
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ganha nova sede moderna e imponente. O edifício está localizado no centro da capital onde outras cortes federais estão estabelecidas. O prédio obedece a padrões de sustentabilidade
A nova sede do Tribunal Superior Eleitoral do DF, inaugurada no último dia 15 de janeiro, teve seu projeto imponente voltado para a preservação do meio ambiente
No dia 15 de janeiro, o Tribunal Superior Eleitoral ganhou um edifício novo em folha para que seus servidores exerçam suas atividades com comodidade. O prédio – projetado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, que assinou os projetos de quase todas as repartições do governo em Brasília – está localizado no Setor de Administração Federal Sul (SAF/Sul), próximo às sedes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Uma sessão solene marcou a inauguração dos três edifícios. Três sessões ordinárias formaram a agenda do dia 15. A necessidade da obra deveu-se ao crescimento no eleitorado brasileiro, que passou de 30 milhões quando da construção do antigo prédio para atuais 136 milhões.
Assinada por Oscar Niemeyer, a nova sede do TSE é composta por uma estrutura semicircular e conta com três edifícios, além de um amplo estacionamentos. A fachada de vidros espelhados dão um aspecto futurista. Quatro auditórios complementam a estrutura do “novo” TSE, além de um plenário com 246 lugares, o equivalente a três vezes a capacidade do plenário da antiga sede.
Os trabalhos para a construção do novo candidato a cartão postal da capital federal foram iniciados em 2007 por um consórcio entre a Via Engenharia e a OAS Empreendimentos, com um custo final de R$ 327 milhões. A área final da nova corte tem 115 mil metros quadrados de área construída que abrigam aproximadamente 44 toneladas de metal.
Projeto moderno e sustentável
Fernando Queiroz, presidente da Via Engenharia, comemora o sucesso do empreendimento e lembra que o êxito só foi possível pelo trabalho e credibilidade das empresas envolvidas. “O consórcio Via Engenharia e OAS Empreendimentos trabalhou muito forte para que a nova sede do TSE se tornasse uma das mais modernas do país. Em nenhum momento deixamos de lado o quesito meio ambiente, sempre primando pela sustentabilidade que é a marca de todos os empreendimentos da Via”, resume.
Queiroz vai além na questão ambiental e lembra também que a consciência sustentável foi lembrada desde que os dirigentes souberam que o consórcio era o escolhido para a execução do projeto e da obra. “Ganhamos a certificação ISO 14001 e não foi à toa. É um prêmio e, trata-se de um dos maiores frutos desse trabalho e de nossa consciência ambiental”, orgulha-se o presidente da Via.
Para a efetivação desse tipo de obra é preciso analisar todos os fatores tais como clima, terreno, iluminação, características dos materiais que serão utilizados, entre outros. De acordo com o relatório do Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica (Idhea) intitulado Nove Passos para a Obra Sustentável, as principais características de uma obra sustentável são: gerir sustentavelmente a implantação da obra; consumir mínima quantidade de energia e água na implantação da obra e ao longo de sua vida útil; usar matérias-primas ecoeficientes; gerar o mínimo de resíduos e contaminação; utilizar mínimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural; não provocar ou reduzir impactos no entorno-paisagem; temperaturas e concentração de calor; sensação de bem-estar; adaptar-se às necessidades atuais e futuras dos usuários; criar um ambiente interior saudável e proporcionar saúde e bem-estar.
Economia
Para minimizar o impacto causado pelas obras, foram plantadas cinco mil árvores. Foram instalados elevadores e lâmpadas de baixo consumo de energia e equipamentos de ar-condicionado que utilizam um gás para refrigerar, que não afeta a camada de ozônio e reduz o consumo de energia e água. Haverá também sistemas de captação de água da chuva. Durante a construção, foi instalado um sistema de gestão de resíduos sólidos para reciclagem de aproximadamente 90% dos resíduos de papéis, metais e plásticos gerados pela obra.
A madeira usada durante a construção e acabamento foi de reflorestamento. Além disso, todas as empresas que forneceram materiais para a obra tiveram que apresentar o certificado de licença ambiental. Os elevadores usam o chamado sistema regenerativo, acumulam energia durante o funcionamento para posteriores reutilizações. O esgoto, por usa vez, é tratado por um sistema à vácuo, enquanto a água das torneiras é armazenada em reservatórios para uso na irrigação dos jardins do TSE.
Por meio de sua assessoria de comunicação, o TSE informou que o plantio das árvores teve o objetivo de reduzir o impacto ambiental causado pela obra. A ação visou também despertar na sociedade a necessidade de agir de forma ecologicamente sustentável não somente como medida de compensação, mas como um hábito.
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