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Old Posted Sep 26, 2011, 7:46 PM
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O trem agora sai?

Governador Agnelo negocia implantação do trem entre DF e Entorno. Integração será no Guará. Projeto básico começa a ser feito


A criação de uma linha de passageiros entre o DF e o entorno, no sentido Luziânia, está cada vez mais próxima de ser concretizada. O governador Agnelo Queiroz esteve nesta segunda-feira, 19 de setembro, com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, para discutir a implantação de trens na região. No encontro foram avaliadas as possibilidades de estudos sobre o transporte interestadual, como a construção de BRTs (Bus Rapid Transit, ou ônibus de trânsito rápido).

O secretário de Transporte, José Walter Vazquez, lembrou na reunião que as obras terão um impacto grande no sistema urbano de Brasília, mas que a competência para legislar e fazer estudos sobre o transporte interestadual é do governo federal.

“Por isso estamos fazendo convênios. Para o trem, serão R$ 900 mil do GDF e mais R$ 3,9 milhões do governo federal. A partir daí teremos um projeto básico para a licitação”, adiantou. O projeto faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento do Entorno e há a previsão de estações de integração no metrô do Guará e no terminal da Rodoferroviária”.


Guará como integração

O projeto elaborado pelo Ministério dos Transportes há cinco anos (publicado pelo Jornal do Guará na época) prevê extensão da rede até Luziânia, passando por Santa Maria e Valparaiso. De acordo com o projeto, a rede ferroviária seria integrada ao metrô na altura do Guará, na colônia Águas Claras, onde seria construida uma estação própria. Mas o ponto final continuaria sendo a Rodoferroviária, que seria reformada para continuar recebendo passageiros.

De acordo com o governador Agnelo Queiroz, a ideia é que, no futuro, o trem vá até Goiânia e Anápolis, interligando o DF ao Entorno e aos estados mais próximos. Isso vai desenvolver economicamente o Distrito Federal e melhorar o transporte público dessas regiões.



Apenas com a implementação do primeiro trecho do trem, mais de 30 mil passageiros seriam beneficiados, segundo estimativas de técnicos do Ministério dos Transportes. A proposta surgiu há cinco anos, quando o Governo Lula anunciou a disposição de investir na implantação e recuperação do sistema ferroviário nacional. Na época, a proposta não interessou muito ao então Governo Arruda, que apenas a recebeu sem dar continuidade aos estudos.


Demanda

Quando começou a elaborar os estudos, o Ministério dos Transportes iniciou um processo de consulta pública sobre a revitalização do transporte ferroviário e recebeu as sugestões sobre a linha no DF. Essa linha seria parte do Programa de Resgate do Transporte Ferroviário de Passageiros, do Governo Federal.

Na proposta, o então diretor do Departamento de Transporte Ferroviário do Ministério dos Transportes, Afonso Carneiro Filho,afirmava que o custo de implantação da linha seria pequeno em relação a outros investimentos no setor ferroviário.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) fará uma atualização do projeto para verificar o que precisa ser adequado ao transporte de passageiros. Segundo o diretor de Infraestrutura Ferroviária do órgão, Geraldo Lourenço, o ideal é que seja construida uma linha paralela à existente. “Até que a duplicação seja feita, trens de carga e de passageiros dividirão os trilhos”, explica.

Como o mais difícil e dispendioso é a construção das ferrovias, a aprovação dos projetos do DF seria a parte mais fácil. De acordo com os planos da União, a verba pública federal será utilizada apenas para a reativação do setor. A operação do sistema ficará a cargo ou da iniciativa privada ou dos governos locais. Como contrapartida, os estados recuperariam o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a iniciativa privada seria beneficiada pela Lei Rouanet nos casos de trens de passeio e poderiam usar a carroceria para publicidade.

A implantação, entretanto, teria que ser negociada com a empresa Centro-Atlântica, que adquiriu o direito de explorar a linha, que foi privatizada em 2003.

Se aproveitar os trilhos existentes – parte da linha é utilizada no transporte de cargas, – o governo investiria apenas na construção de estações e na reforma dos vagões abandonados num depósito em São Paulo desde 1994, quando a linha foi desativada. O valor estimado pelos técnicos do Ministério dos Transporte é que esse custo ficaria em torno de R$ 15 a R$ 20 milhões.

Fonte: Jornal do Guará
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