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Old Posted Sep 19, 2011, 1:53 PM
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Na hora de comprar, clientes preferem grandes lojas a quiosques no DF


O aposentado José de Andrade Cerbele, 54 anos, se deparou com um quiosque de uma empresa de tevê a cabo. Ouviu a proposta, aceitou o pacote e passou a receber o serviço em casa, sem nunca ter visto o contrato que rege o acordo. “O vendedor disse que estava tudo na internet e um amigo meu contou que já tinha lido. Como eu nunca tive problemas ou queixas contra a companhia, não me preocupei com isso”, diz. Segundo ele, adquirir produtos ou serviços em pontos de venda ainda não se tornou um hábito. “Eu não duvido da seriedade deles, mas eu prefiro as lojas próprias”, afirma.

A professora de direito do consumidor do Mackenzie, Cláudia Costa, explica que enviar aos clientes um documento virtual é uma prática abusiva. “Os termos precisam ser entregues com letra legível e os interessados devem prestar atenção principalmente quando forem fechar acordo com companhias de telefonia, planos de saúde e bancos, que são os setores mais delicados no trato com os consumidores”, ressalta.

Quando se trata de compras em quiosques, além dos relatos como o de José de Andrade, não é raro ouvir reclamações de quem já preencheu, por exemplo, cadastros em quiosques para assinaturas de revistas e se arrependeu. Muitas vezes, as entregas, que seriam gratuitas durante um tempo, começam a ser cobradas logo depois — sem que o consumidor se dê conta do que está acontecendo. “Se era uma amostra grátis, a pessoa não tem obrigação de pagar. Por isso, receber a informação completa sobre as regras é fundamental. Cadastro sem a solicitação também é uma prática abusiva, porque, na verdade, ele não está sendo feito apenas para a entrega do brinde”, completa Cláudia. A especialista estima que 70% dos problemas de consumo poderiam ser evitados caso o acesso à informação fosse verdadeiramente garantido.

Deveres iguais
O professor da Universidade de São Paulo (USP) e das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) Antônio Carlos Morato explica que os deveres das empresas continuam os mesmos, estejam elas onde estiverem ou no modelo em que forem construídas. “O fato de ser uma loja própria, franquia, quiosque ou equivalente gera diferenças apenas entre os empresários. A preocupação com o consumidor deve ser a mesma”, diz.

O professor lembra que existe a responsabilidade solidária. “Quando houver um problema com o fabricante, as lojas precisam responder e efetuar a troca imediatamente, se for um produto essencial, como é o caso de aparelhos celulares, geladeiras ou fogões, explica.

A percepção dos consumidores é de que os quiosques são mais práticos. Aldenildo Souza Costa, 34 anos, é comerciante e comprou o celular em uma das pequenas estruturas da operadora montada dentro de um shopping da cidade. “No dia que decidi comprar um aparelho, a fila da loja estava enorme e eu achei que o quiosque seria mais rápido. O problema é que roubaram o meu telefone pouco tempo depois. Apesar de ter cancelado o chip, uma conta ficou pendente. Eu voltei para resolver a minha situação, mas me mandaram para a loja. Parece que eles só resolvem as coisas mais simples”, afirma.

Marcos Paulo, funcionário público de 37 anos, concorda com Aldenildo. Para ele, é a proximidade que convence. “Está aqui no caminho, fica fácil.” Ele também não desconfia da qualidade da prestação de serviços dos quiosques. “Se for em um lugar como um shopping ou supermercado, eu não duvido de que seja coisa séria. Quando é numa feira ou na rua, a situação muda de figura”, diz.










http://www.correiobraziliense.com.br...es-no-df.shtml
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