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Old Posted Mar 29, 2013, 11:58 AM
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Após dez anos da criação, parque tecnológico de Brasília sai do papel, mas ainda é canteiro de obras


Federação das indústrias local acredita que em 20 anos Brasília será o maior polo da indústria tecnológica do País


Foto: Gustavo Frasão/R7

O complexo Datacenter BB-Caixa é o primeiro prédio do parque, que ainda carece de infraestrutura

Em seus 50 anos de história, Brasília seguiu a sua vocação econômica centrada na administração pública e em serviços. Relegada a segundo plano, a indústria se desenvolveu pouco e hoje representa menos de 5% do PIB (produto interno bruto, ou soma das riquezas produzidas) do Distrito Federal.

Os números deixam claro que a atividade industrial no DF ainda é incipiente. Em São Paulo, a indústria representa 36% do PIB e no Rio de Janeiro, 37%, de acordo com dados das federações de indústria locais. Para preencher essa lacuna, empresários e o governo do Distrito Federal desenharam, ainda no final da década de 90, o PTCD (Parque Tecnológico Capital Digital), espaço de 123 hectares localizado na Granja do Torto, em Brasília, criado para atrair empresas de tecnologia, criar empregos e dar o pontapé inicial para a formação do parque industrial do DF.

Há uma semana, o primeiro prédio do parque, o Datacenter (ou centro de dados) do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal foi inaugurado. Apesar de ter acontecido uma década após criação do parque por lei, o início das atividades mantém otimista a expectativa da Fibra (Federação das Indústrias de Brasília), de que o DF se torne no maior parque industrial tecnológico do País em até 20 anos.

O local ainda é um canteiro de obras e carece de infraestrutura. Apesar da pavimentação e de linhas de ônibus, os serviços para os funcionários, como restaurante, farmácia, são restritos aos locais que já atendiam aos moradores da Granja do Torto (região próxima à residência oficial de campo da Presidência).

Mesmo assim, a inauguração foi considerada pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, como um passo decisivo para a criação do polo, pois o local deve atrair novos investidores da área de TI para a Capital Digital.

— É um passo decisivo e histórico para consolidar o parque, que estava com o seu projeto paralisado há 12 anos.

Para o assessor econômico da Fibra, Diones Cerqueira, o desenvolvimento industrial na capital federal é inevitável uma vez que há um limite de vagas em concursos públicos e até mesmo no comércio para absorver a mão de obra da população.

— Há uma vocação muito grande para o desenvolvimento industrial voltado para o setor de alta tecnologia. Essa é uma matriz econômica limpa, é uma atividade que não tem chaminé e não polui o meio ambiente. Por outro lado, é um setor que tem altíssimo valor agregado e isso, sem sombra de dúvidas, vai elevar a participação industrial e desenvolver muitíssimo bem a economia do DF. Em 20 anos, é possível que o Distrito Federal seja o maior parque industrial tecnológico do Brasil.

Atualmente, a participação tímida da indústria na economia da capital federal está concentrada nos setores de transformação, construção civil, água e energia, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Nesses quatro setores, porém, as indústrias representam somente 3,6% do total do PIB (Produto Interno Bruto), o que o assessor econômico da Fibra considera como uma participação pequena se os dados foram comparados a outras regiões do País.

— Essa timidez é condizente com o ritmo de expansão da economia diante dos diversos incentivos que foram criados para que o setor se desenvolvesse. Brasília foi criada em 1960, mas as políticas começaram a ter voz mais atuante na economia a partir de 1990, com a criação da CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal). De lá para cá realmente é pouco tempo para um parque industrial se desenvolver.

A expectativa da Fibra e da CNI (Confederação Nacional da Indústria) é de que pelo menos 1.200 empresas, instituições de pesquisa, centros de informação, armazenamento de dados e outras indústrias de ponta e de tecnologia da informação se instalem no terreno, que equivale a 123 campos de futebol.

— Não precisamos ter uma indústria automobilística, mas podemos ter um elo extremamente importante nesse setor, que é a cadeia de produção dos componentes eletrônicos de veículos. Não precisamos ter indústrias aeronáuticas, mas temos condições de receber empresas que fazem outro elo importante na fabricação de peças da aviação. A indústria de fármacos (farmácia, medicamentos e remédios) é outra atividade extremamente importante que também tem se desenvolvido bem aqui no DF.

Atualmente, o faturamento anual no setor de Tecnologia da Informação gira em torno de R$ 2,5 bilhões por ano. Com a criação do parque e com a implementação do Datacenter do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, o GDF (Governo do Distrito Federal) espera pelo menos dobrar o faturamento até 2014, além de gerar renda e mais empregos diretos e indiretos.

Próximos passos

De acordo com a Fibra, o governo finaliza a licitação para terminar de edificar o Parque Tecnológico e instalar toda a infraestrutura do local. Pelo modelo do parque, os investidores poderão alugar um espaço com tudo pronto para desenvolver as atividades sem ter que gastar recursos próprios na compra de terreno e de maquinários para instalação física.

Se tudo correr bem e dentro do cronograma, toda a estrutura física do Parque Tecnológico Capital Digital estará pronta em, no máximo, três anos.







http://noticias.r7.com/distrito-fede...-20130329.html
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