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Old Posted Jul 5, 2013, 12:30 PM
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Gim avisa que disputará a reeleição

Reunido ontem com os empresários do grupo Lide, o senador brasiliense Gim Argello (foto) deu o recado: é mesmo candidato à reeleição. Fez um resumo do seu trabalho nos seis anos em que ocupa a cadeira, mostrando como conseguiu direcionar volume extremamente substancial de recursos para o Distrito Federal. Deixou entre os empresários não apenas a certeza de que disputará o Senado, mas também, e em especial pelas fortes críticas feitas ao atual governador, a convicção de que se delineia já um rearranjo partidário na capital.


Proposta de “um bom para fazer”

Até pelas referências a detalhes da administração brasiliense, teve empresário achando que Gim Argello fez discurso de candidato ao governo. No entanto, Gim foi claro, até nas alfinetadas. “Disputo o Senado. Mas é para continuar a fazer, é para ser, como sou o senador que mais teve leis aprovadas, em comparação com a soma de todos os outros, em todos os tempos. Já tem dois lá para fazer discurso. O professor Cristovam é um craque nisso, é um gigante, um homem de bem. Mas não é de fazer. Tem outro lá — Rodrigo Rollemberg — que também é bom de falar. Se precisarem de um bom de fazer, estamos aqui”, disparou.


Não dá conta

O governador Agnelo Queiroz ficou mal na foto. Aliás, muito mal. Gim Argello foi direto: O Agnelo que me desculpe, mas ele não está dando conta de gerir a cidade”, afirmou, defendendo um perfil empreendedor para o Buriti. “Está na hora de um empresário se apresentar para o GDF. Sinceramente, se tivéssemos aqui um governador como o Marconi Perillo (de Goiás), a gente estava muito à frente. Consegui recursos importantes para a Região Metropolitana e ele está fazendo por lá o que tem de ser feito”, destacou. Com sua proximidade do Planalto — Gim é vice-líder do Governo e lider do bloco que une PTB, PR, PSC e PRB — o senador conseguiu destinar R$ 4 bilhões para Goiás aplicar na Região. Para o Buriti, só do PAC foram R$ 17,8 bilhões.


São 340 mil na estrada

Por falar na Região Metropolitana, Gim centrou sua análise em quatro pontos: segurança, educação, transporte público e geração de emprego. “Atualmente, 340 mil pessoas vêm para o DF, todos os dias, ficando de quatro a seis horas nos transportes públicos. Ao gerar empregos naquela área, reduzimos o uso do transporte, a violência lá e aqui e podemos usar recursos para construir mais escolas”, afirmou, lembrando que conseguiu realocar uma sobra orçamentária para erguer mais 40 unidades voltadas ao Ensino Médio naquela região.


Sobrou para o Mané

As críticas sobraram, embora indiretamente, para o Estádio Mané Garrincha. “Não temos transporte, segurança, saúde ou hospitais. Mas o Brasil tem 12 estádios, Uns com preço justo, outros num roubo sem tamanho. Vocês pensem aí. Tem estádio de R$ 380 milhões, de R$ 420 milhões...” Gim nem falou em estádio de R$ 1,78 bilhão. Mas garantiu: “agora, eu quero padrão Fifa para saúde e transporte”. A esse respeito, fez contas: “não faltam recursos para a saúde no DF que é mais cara que em Washington e na Finlândia. São R$ 7 bilhões por ano e ela está deste jeito”, acrescentou. “Por isso, o GDF virou pó: é o governo com menor índice de avaliação positiva do Brasil”, acrescentou.


Uma cidade parada

Isso acontece, segundo o senador, “porque nossa cidade está parada”. Gim considera impossível, por exemplo, termos a quantidade de licenças que são exigidas pela máquina. “E isso precisa vir do governador. O Agnelo precisa ter mais autoridade, pois isso não existia em Brasília há cinco anos. Hoje em dia, a CEB não dá conta sequer de instalar uma subestação para abastecer um empreendimento”, acrescentou. Gim também cobrou uma atitude dos empresários: “Nós temos de chamar o governador e dizer: ‘você está aqui para ajudar, e não para nos atrapalhar’. Isso é fundamental”.


Costuras com o PMDB

As posições assumidas por Gim chegaram com rapidez, aliás muitíssima rapidez, ao Buriti. Lá existe quem saiba somar dois e dois. Todos sabem que o senador tem conversado com muita frequência com o vice-governador Tadeu Filippelli, do PMDB. E acompanharam, ontem mesmo, a postura do vice-presidente Michel Temer, principal figura nacional do partido, sobre a impossibilidade do plebiscito para este ano. Temer voltou atrás, ao menos oficialmente. Mas o recado estava dado. Se houver um rearranjo político a nível nacional, os reflexos no Distrito Federal serão imediatos.

Fonte:http://jornaldebrasilia.com.br/site/...?idcolunista=3
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