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Old Posted Oct 16, 2012, 12:27 PM
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OPINIÃO 2014, uma campanha antecipada

Por Ricardo Callado - A lista dos candidatos que buscam desalojar o governador Agnelo Queiroz (PT) do Palácio do Buriti é grande. Nunca tantos políticos, com tanta antecedência, se mobilizaram para ocupar o GDF. A movimentação nos bastidores é intensa.

Agnelo vai em busca da reeleição. Isso se o PT deixar. Comenta-se no petismo que o efeito João da Costa pode se repetir em Brasília. João é o atual prefeito de Recife (PE). Mesmo mal avaliado, queria mais quatro anos, mas o PT nacional descartou sua candidatura.

O projeto do governador passa pela unidade de seu partido. Muitos petistas acreditam que o deputado federal Geraldo Magela, atual secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, seria um nome mais competitivo.

Se Agnelo não começar a se mexer e puxar todo mundo para o seu lado, a situação política fica muito difícil. O que se vê hoje é a debandada de aliados, tanto políticos quanto empresariais, insatisfeitos com a condução do governo. Além do não cumprimento de acordos. O reflexo disso na sociedade é evidente. Basta olhar os índices de aprovação.

Esse cenário é propício para o surgimento de candidaturas. Todos querem tirar uma lasquinha e agrupar os insatisfeitos com o atual comando do Buriti. Se continuar o descaso com os aliados, Agnelo tende a ficar isolado. Só restarão os seus sócios políticos: o secretário de Saúde Rafael Barbosa, o secretário extraordinário da Copa de 2014, Cláudio Monteiro, e o advogado Luis Carlos Alcoforado.

O quarto sócio, Paulo Tadeu, deve sair de cena e pensar na sobrevivência de seu grupo político. Ai, soma-se o presidente da Câmara Legislativa, deputado Patrício (PT). Aliás, Patrício é o Agnelo do Legislativo. É outro que põe em risco seu projeto político e joga fora a carreira por tomar decisões erradas. Na política, deve se fazer mais aliados que adversários. Não o contrário.

O resto, para o Palácio do Buriti, é o resto. Dão tapinhas nas costas e vão enrolando. Ou seja, está em curso a prática do suicídio político. E o maior derrotado não será Agnelo, e sim o PT. Depois de perder três campanhas e ficar 12 anos longe do poder, a legenda corre o risco de ficar outro tanto afastado do Buriti. Por pura falta de articulação política e o descaso ao tratar aliados como lixo ou de forma dissimulada. Os adversários agradecem.

Os dois principais candidatos hoje são o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), da base do governo, e a deputada distrital Eliana Pedrosa (PSD), da oposição. Ambos estão em campanha. A cada insatisfação provocada pela turma do Buriti, mais gás ganham as candidaturas.

O partido de Eliana ainda tem a deputada distrital Liliane Roriz com pretensões de entrar na briga. A parlamentar tem a força do rorizismo como fator aglutinador e peso eleitoral.

No PDT, o senador Cristóvam Buarque é um bom nome para suceder Agnelo. Tem palavra, sabe respeitar e ser respeitado. O deputado José Antônio Reguffe surge como uma nova liderança na cidade. Tem voto e carisma.

O deputado federal Luiz Pitiman (PMDB) quer ser a novidade política da cidade. Sabe articular. É aliado do vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), mas este não quer confusão com o governo. Está bem atendido. Só na hora certa deve escolher o caminho a seguir.

Na oposição, o deputado federal Izalci Lucas (PSDB) e o ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM) são lembrados. Por último, o senador Gim Argello (PTB) aparece como a novidade da campanha. Vem fazendo um bom trabalho junto ao governo federal e possui apoio financeiro para uma campanha ao governo.

Quando se aproximar de 2014, começarão a surgir as primeiras composições. Esses nomes irão se aglutinar em grupos políticos fortes. A disputa vai ser boa. E Agnelo vai ter que se organizar para não ficar de fora.

FONTE: http://blogs.maiscomunidade.com/blogdocallado/
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