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Old Posted Nov 24, 2015, 11:09 AM
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Fuga de empresas para Goiás e Minas provoca 80 mil demissões este ano no DF

Líderes do setor produtivo e representantes do governo do Distrito Federal se reúnem nesta terça-feira (24) para, mais uma vez, encontrarem soluções para a debandada de empresários que deixam o DF para investir em estados vizinhos

Foto: Cadu Gomes/ObritoNews/Fato Online

É cada vez maior o número de imóveis desocupados onde poderia ser instalada uma indústria

O ano de 2015 chegará ao fim com a já capenga indústria brasiliense tendo registrado entre 70 mil e 80 mil demissões, segundo estimativa antecipada ao Fato Online pelo presidente da Fibra (Federação das Indústrias do Distrito Federal), Jamal Bittar.

O setor – que, na verdade, nunca deslanchou na capital do país – sentiu o baque da queda do consumo e da apreensão do mercado diante de incertezas nos âmbitos nacional e local. Nesta terça-feira (24), parlamentares do DF, representantes do governo e da indústria se reúnem na Câmara Federal para tentar alinhar uma estratégia que ajude a estancar a sangria da economia local.

A Brasília comumente blindada de turbulências externas por conta da estabilidade e do elevado poder de compra dos servidores públicos não conseguiu resistir aos impactos da atual crise, caracterizada, sobretudo, pela inflação de volta à casa dos dois dígitos e por um desemprego avançando a passos largos.

Debandada

A Fibra ainda não tem contabilizado o total de empresas que, sem demanda (pelo menos como antes) e sem incentivos, deixaram o DF ao longo do ano. Porém, o presidente da entidade assegura que a debandada ganhou força. “O número exato nem importa. O certo é que há um significado muito grande por trás disso: é preciso abortar urgentemente esse movimento”, defende.

Ao atravessar a divisa para Goiás ou mesmo para municípios próximos de Minas Gerais, os empresários contam com uma série de incentivos, que vão desde menos impostos à doação de terrenos para empreender.

“Aqui no DF, não podemos mais discutir. Os problemas da indústria são mais do que conhecidos. É hora de executar, de fazer alguma coisa”, pontua Bittar, preocupado com o futuro do setor, embora oficialmente se esforce para externar otimismo com 2016.

O excesso de burocracia na liberação de alvarás, as promessas de investimentos nunca concretizadas e a ausência de uma política indústria consistente são apenas alguns exemplos da longa lista de entraves crônicos que minam o potencial de desenvolvimento da Capital Federal.

“A situação é tão complicada que os empresários estão preferindo montar um galpão a 300 km de Brasília e gastar com a logística do que continuar aqui. Não vale a pena investir na capital do país”, ilustra o industrial José Maria de Jesus, uma das referências do segmento de móveis.

Investimento

O presidente da Fibra alerta para uma outra grave consequência da crise: quem não fechou as portas ou se mandou para estados vizinhos tem deixado de investir. “É como se a empresa ainda existisse, mas praticamente não funciona mais”, diz.

Os governantes de Brasília nunca levaram muito a sério a indústria local. Apoiados nos robustos repasses do FCO (Fundo Constitucional do DF), quem se revezou no poder preferiu adotar o discurso fácil de que a cidade não tem vocação para o setor e pouco ou nada fez para estimular grandes negócios.

“Uma sucessão de políticas desastrosas deixou sequelas profundas. Estamos concentrados em reverter essa situação”, insiste Bittar.

Benefícios

Permitindo-se brincar com a situação, o presidente do Siab (Sindicato das Indústrias da Alimentação de Brasília), Paulo Sérgio Lopes, lamenta, com fundo de verdade, não poder transferir seu endereço comercial para Goiás. “No nosso segmento, precisamos estar perto dos clientes, mas seria ótimo (atravessar a divisa)”, comenta ele, enaltecendo os benefícios fiscais concedidos no estado vizinho.

Na reunião desta terça-feira (24), líderes do setor produtivo e representantes do GDF vão, mais uma vez, recitar a ladainha de murmurações e reconhecer as mazelas da indústria local. A esperança dos empresários é que, em meio a tantos discursos pomposos, possa, enfim, surgir algo de concreto.

Foto: Cadu Gomes/ObritoNews/Fato Online

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