Estacionamento do Aeroporto de Brasília está entre os piores do país
Mesmo com a grande obra de ampliação, passageiros reclamam dos altos preços e da falta de vagas
Foto: ROBERVAL EDUÃO
No início deste ano, o Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek foi considerado o segundo terminal mais movimentado do país. Apesar de ter passado por uma grande reforma, principalmente em razão da Copa das Confederações, em 2013, e da Copa do Mundo de 2014, o local ainda é um dos piores colocados no ranking, na avaliação dos passageiros, no que se refere ao preço do estacionamento e no número de vagas.
Com a maior capacidade de pista do país, atualmente, o terminal da capital federal está a frente de Guarulhos, que tem a marca de 47 movimentos por hora, enquanto, em Brasília, o número de voos e decolagens passou de 52 para 60 no mesmo intervalo. Em função dos eventos mundiais, que resultaram também no aumento do fluxo de usuários para os destinos nacionais e internacionais, durante o ano 2013, o estacionamento do Aeroporto de Brasília passou por obras de reforma e ampliação que aumentaram o número de vagas de 1.234 para 3.300. Mesmo assim, as reclamações sobre a carência de vagas continuam.“Sinto muita dificuldade em estacionar aqui, pois são poucas vagas e pagamos caríssimo. Ficamos a mercê de alguém para trazer a gente até aqui.”, reclama a aposentada Nilma Nomato.
O alto valor pago pelo serviço de estacionamento em Brasília também é uma reclamação antiga entre os passageiros. Uma pesquisa realizada pela Secretaria de Aviação Civil (SAC), em abril deste ano, na escala de 1 a 5, o terminal de Brasília obteve desempenho ruim nos requisitos de "instalações de estacionamento de veículos", com a nota de 2,53 e também pelo "custo de estacionamento", com 1,70 na avaliação. “O preço cobrado não condiz com o local. Além de ser caro, existe uma escassez de vaga. Você tem que ficar rodando e gastando além do que você vai pagar no combustível para localizar uma vaga apropriada”, acrescenta Nilma.
Lânia Lúcia e Josias Pedro de Souza são residentes de Goiânia, mas passaram por conexão em Brasília na volta da viagem que fizeram ao Rio de Janeiro. O casal ficou surpreso com a falta de estrutura e o custo do serviço. “A distância entre o estacionamento e o local de embarque é muito grande, além de não ser totalmente coberto, assim como os aeroportos de outras capitais”, compara a turista.
Segundo a Inframérica, empresa que administra o terminal, a média de ocupação do estacionamento fica em torno de 65%. O valor da 1º hora na área comum é de R$ 10, e da área premium (coberta) de R$ 15. As diárias variam entre R$ 36 e R$ 64, respectivamente. Mas, para os frequentadores, o estacionamento coberto fica apenas no nome, já que a cobertura é feita de lona. “É um coberto que molha, pois protege somente o carro. Quando saímos do veículo nos molhamos, já que a proteção fica somente em cima da vaga”, conta o servidor público Calisto Lobo.
Foto: ROBERVAL EDUÃO
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