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MAMUTE Nov 5, 2014 3:28 PM

Proposta de novo governador para eleição direta nas administrações pode não sair do papel



Proposta de Rodrigo Rollemberg para eleição direta nas administrações tem sido criticada por cientistas políticos

Foto: Myrcia Hessen, do R7
http://img.r7.com/images/2014/09/03/...1199x795+0+105
Proposta de Rodrigo Rollemberg para eleição direta nas administrações tem sido criticada por cientistas políticos


O governador eleito no Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), tinha como uma de suas principais bandeiras de campanha a eleição direta para as administrações regionais. Se levar a ideia adiante, o novo governo poderá enfrentar dificuldades. Por isso, especialistas apostam que a proposta não deve sair do papel.

Para o cientista político Flávio Testa, a ideia é “muito ruim”, já que as regiões administrativas do DF não recebem orçamento.

— Você não pode ter alguém com mandato sem orçamento. No que você vai basear suas propostas se você não tem orçamento? Não tem autonomia para definir aonde você vai gastar? A grande questão é a seguinte: você elege, mas vai continuar dependendo muito mais do governo que das pessoas [eleitas]. Ele [o administrador eleito] depende do que o governador determinar.

O especialista acredita que Rodrigo Rollemberg tem boa intenção, mas que sua proposta criará uma “falsa sensação” para os eleitores, já que eles passarão a acreditar que têm poder de controlar as melhorias de sua cidade por meio da eleição dos administradores, quando, na verdade, o administrador eleito não terá autonomia suficiente para isso.

— [O administrador] vai dever uma resposta ao governo, porque é o governo que tem o dinheiro. Existe uma regra que diz: quem tem o dinheiro manda. Os administradores só seguirão as orientações de quem tem orçamento. Não existe autonomia política sem orçamento no modelo que o Rodrigo [Rollemberg] criou.

Crítico da proposta, Flávio Testa teme que o caos no governo possa ser ainda maior, caso seja eleita uma pessoa "incompetente" ou que faça oposição ao governo de Rodrigo Rollemberg.

— Mesmo que o Rodrigo alegue que terá relação republicana, o administrador pode passar a fazer campanha contra ele para sair como candidato a governador depois. Como ele não tem autonomia, não tem responsabilidade. Pode dizer: não fiz porque o governador não me deu dinheiro. Isso vai criar um fuzuê político. Rollemberg terá mais problema para administrar isso que os problemas da cidade. A intenção é nobre, conferir mais democracia, mas a execução é difícil. É o tipo de problema que não precisa criar para ele agora, não tem sustentação política.

Em contato com o R7 DF, o jornalista Hélio Doyle, coordenador-geral da equipe de transição de Rodrigo Rollemberg, e porta-voz do futuro governador diz que a proposta de eleger os administradores pelo voto ainda será discutida com as comunidades, com a sociedade civil e com a Câmara Legislativa.

— Não há fórmula pronta. O modelo será construído no debate. O limite é a Constituição.

Doyle disse ainda que Rodrigo Rollemberg não teme a possibilidade de que seja eleito alguém da oposição como administrador regional do DF. Para ele, isso faz parte do processo democrático.

— Se você acredita em um processo democrático, tem que estar preparado para ganhar e perder.















http://noticias.r7.com/distrito-fede...papel-05112014

Jota Nov 5, 2014 3:58 PM

O povo tem que entender que administrador regional não é prefeito e que as RAs não são ciadades e pronto!

Essa ideia do Rollemberg sempre foi natimorta, não tinha viabilidade alguma, para resolver a confusão dos administradores basta vergonha na cara e acabar com nomeações sem pé nem cabeça. Outra coisa que tem que ocorrer é a fiscalização pelo GDF da adminstração das RAs e a redução do numero de RAs.

Agarwaen Nov 5, 2014 4:59 PM

Quote:

Originally Posted by Jota (Post 6795806)
O povo tem que entender que administrador regional não é prefeito e que as RAs não são ciadades e pronto!

Essa ideia do Rollemberg sempre foi natimorta, não tinha viabilidade alguma, para resolver a confusão dos administradores basta vergonha na cara e acabar com nomeações sem pé nem cabeça. Outra coisa que tem que ocorrer é a fiscalização pelo GDF da adminstração das RAs e a redução do numero de RAs.

Uma profissionalização das administrações substituindo cargos comissionados nomeados por servidores concursados pode ajudar também.

pesquisadorbrazil Nov 5, 2014 8:52 PM

Quote:

Originally Posted by Agarwaen (Post 6795911)
Uma profissionalização das administrações substituindo cargos comissionados nomeados por servidores concursados pode ajudar também.

Para ser administrador regional não precisa ser concursado. Agora as administrações regionais tem que acabar com todos os comissionados.

Agarwaen Nov 5, 2014 10:16 PM

Quote:

Originally Posted by pesquisadorbrazil (Post 6796312)
Para ser administrador regional não precisa ser concursado. Agora as administrações regionais tem que acabar com todos os comissionados.

Isso, quis dizer sobre os funcionários das administrações, não sobre os próprios administradores.

pesquisadorbrazil Nov 6, 2014 2:23 AM

Quote:

Originally Posted by Agarwaen (Post 6796513)
Isso, quis dizer sobre os funcionários das administrações, não sobre os próprios administradores.

O problema que está tomando proporções de validar a municipalidade no DF. Já falamos e vamos reafirmar. O DF não pode se dividir. Me lembro de certa vez a pseudo prefeitura comunitária queria cobrar dos moradores uma grana para colocar vigilância noturna.

Nem isso pode exigir. Mas o jeitinho brasileiro ainda impera. Primeiro dão autonomia financeira e depois querem autonomia administrativa. E acompanhada dessa eleição de administrador regional irão querer também assembleia de vereadores distritais. Já imaginou, quando vereadores Brasília teria?

Se deputados distritais temos 24. Se for pegar a Câmara de Vereadores que tem um porte de Brasília, teríamos a bagatela de 43 vereadores. No minimo iria se gastar uns 2 bilhões para manter somente essa estrutura de vereadores distritais. Nem conto assessores, afilhados, comissionados e por aí vai.

Um verdadeiro cabidaço. Agora sabia que Rollemberg iria começar sentir o tranco que Agnelo sentiu 4 anos. Agora aguente o rojão. Eu ando sentindo que Celina Leão vai trocar de partido novamente na virada de ano. kkkkkk

walxer Nov 8, 2014 2:33 PM

Rollemberg herdará governo na bancarrota. Conheça o trio que quebrou o DF

http://colunaesplanada.blogosfera.uo...-quebrou-o-df/

Espartano_bsb Nov 8, 2014 2:51 PM

Estádio é coisa para a iniciativa privada. Ponto final. Por essas e outras que os EUA são uma país desenvolvido...

pesquisadorbrazil Nov 8, 2014 9:03 PM

Quote:

Originally Posted by walxer (Post 6800253)
Rollemberg herdará governo na bancarrota. Conheça o trio que quebrou o DF

http://colunaesplanada.blogosfera.uo...-quebrou-o-df/

Eu acho hilário a imprensa massacrar o estádio, mas não tem argumentos algum. Primeiro, o estádio nem de perto passou dos 1,2 bilhão. Falam que custou 2 bilhões. Eu quero que a imprensa prove. Eu tive acesso, e incluiram obras de 800 milhões que sequer dependem do estádio. Vai entender essa imprensa marrom que se instalou em Brasília.

MAMUTE Nov 9, 2014 10:34 AM

Nova gestão anima economia do DF



Especialistas analisam o que Rollemberg (PSB) deve enfrentar a partir de janeiro. Segundo eles, a escolha da equipe de transição traz uma perspectiva das pretensões do socialista


http://comunidade.maiscomunidade.com.../PNUImagem.jpg
Para especialistas, a expectativa do governo de Rodrigo Rollembeg é bem positiva e de otimismo


A escolha da equipe de transição anunciada, esta semana, composta por professores da Universidade de Brasília (UnB), servidores e ex-servidores dos governos local e federal, mostra que o governador eleito do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), segundo especialistas, pretende ter acesso a estudos aprofundados e, assim, obter as informações reais da situação que receberá a cidade no próximo ano. Antônio Flávio Testa, cientista político, por exemplo, faz uma análise e mostra que a vitória do pessebista significa a ruptura com a velha dicotomia azul e vermelho. Para ele, o DF viverá um novo tempo, de fato, a partir do início do novo governo. A expectativa é de otimismo e sente, entre a população, entusiasmo com a nova gestão, embora saiba das dificuldades que o novo gestor enfrentará.

Após as analises feitas durante a fase de campanha, Testa acredita que os brasilienses estão com uma expectativa muito positiva em relação ao próximo governo. Ele explica que foram elaborados estudos sobre os principais problemas do Distrito Federal, ao longo de quase dois anos, e esses estudos permitirão ao governador iniciar sua gestão com conhecimento de causa. “Essa é, sem dúvida, uma grande vantagem. A equipe que acompanha a transição de governo é competente e bem preparada. Caberá ao governador montar um secretariado comprometido com o plano de governo aprovado e que tenha condições de implementá-lo. O governo tem que demonstrar conhecimento técnico, competência política e capacidade operacional, para executar o plano de governo e transformar promessas de campanha em realidade concreta. É isso que a sociedade brasiliense espera do próximo governo”, analisa o cientista.

A partir de agora, segundo Testa, o governador eleito entra na nova etapa, na qual o que foi prometido em campanha, viram os compromissos e devem ser cumpridos. “Na minha opinião, um dos principais desafios será fazer com que o servidor público, de todas as áreas de governo, se motivem e queiram trabalhar em prol da sociedade; e não apenas em defesa de interesses corporativos. O governador deverá mostrar que a autoridade que a população lhe delegou, pelo voto, será exercida com competência e rigor, sem autoritarismo”, observa.

Outro desafio, de acordo com Testa, será convencer a Câmara legislativa que o modelo político clientelístico e fisiológico, baseado no “toma lá, dá cá”, será efetivamente substituído por um projeto político voltado para a construção de um Distrito Federal com a importância real que tem, do ponto de vista geopolítico e econômico. “Para tanto, terá que negociar, em profundidade, a transformação qualitativa de uma casa legislativa voltada para miudezas e interesses paroquiais e corporativos, para uma verdadeira câmara distrital com caráter estratégico e competência para realizar as grandes transformações que a sociedade local almeja”.

Rodrigo Rollemberg também enfrentará desafios na segurança pública do Distrito Federal. Testa diz que o governador eleito terá que implantar um plano de segurança pública que contemple não somente ações repressivas, mas que amplie a capacidade preventiva, a partir de políticas de planejamento familiar, de infância e sobretudo de juventude, focadas no empreendedorismo empresarial, esportivo e artístico, para minimizar, ao máximo, o efeito nocivo do abandono familiar e da expansão do consumo e tráfico de drogas sobretudo do crack. “Ele terá que vencer o corporativismo dos órgãos de segurança e fortalecer a Secretaria de Segurança, dando a essa instituição poder de comandar a política de segurança pública”.

O Entorno, segundo analisa o cientista político, também terá que entrar nos programas da nova gestão. “Rollemberg deverá desenvolver uma política de crescimento do Entorno, liderando esse processo e negociando com o governo de Goiás e o Governo Federal a consolidação da uma região metropolitana. Será necessário promover o desenvolvimento econômico dos municípios do Entorno, evitando a migração forçada daquela população em busca de melhores condições de subsistência e promova a migração turística, que ocorre em melhores condições e gera riqueza e satisfação. São desafios imensos e difíceis de serem vencidos. Mas o governador Rollemberg merece um voto de confiança”, pontua Testa.


http://comunidade.maiscomunidade.com.../PNUImagem.jpg
Cientista político Flávio Testa: ''Relação com a Câmara será desafio''

Flávio Testa Ainda em analise a próxima gestão, Testa diz que se Rollemberg conseguir realizar seus compromissos, o Distrito Federal será muito melhor daqui a quatro anos. Mas, ele lembra que sozinho não tem condições de realizar essa mudança. “Temos uma Câmara distrital de difícil convivência e de interesses muito difusos e particulares, e isso pode dificultar muito as coisas. apesar de, no primeiro momento, conseguir uma boa base de apoio. Acredito ainda que GDF precisa de um governador que transmita confiança à população e autoridade sobre seus subordinados. E isso é vital para acabar com o marasmo e o desânimo vigente e que decorre, sobretudo, do aparelhamento do Estado, da falta de uma política de carreira e avaliação de desempenho das diversas áreas de governo e do servidor público”.

Em uma visão mais realista, o cientista político ressalta que os problemas como na saúde, educação, transporte não serão possíveis de se resolver tudo de início. “É preciso um tempo para corrigir erros, replanejar e implementar novos modelos de gestão. Isso leva algum tempo. Creio que nos primeiros três meses serão feitos ajustes e, logo em seguida, mudanças aparecerão”, completa. Sobre a transição de governo, Testa observa que é uma situação delicada. “Quem sai, sai magoado e desanimado. Sempre ocorre algum desleixo, é consequência da derrota. Mas o povo não tem nada com isso, é preciso que seus direitos sejam assegurados. Cabe à equipe de transição fazer uma auditoria administrativa detalhada, identificar problemas que podem ser resolvidos imediatamente, evitando a diminuição da qualidade dos serviços essenciais prestados à população e preparar para o início do próximo governo sem que haja problemas de continuidade”.









http://comunidade.maiscomunidade.com...A-DO-DF.pnhtml

pesquisadorbrazil Nov 9, 2014 6:46 PM

Os cientistas político não sabem de nada. Portanto, pra que inventaram uma ciência para estudar os políticos?

salengasss Nov 10, 2014 11:16 AM

Quote:

Originally Posted by pesquisadorbrazil (Post 6801263)
Os cientistas político não sabem de nada. Portanto, pra que inventaram uma ciência para estudar os políticos?

Cara, como vc desmerece as pessoas assim? Vc chega a ser leviano!!!!! :yuck:

pesquisadorbrazil Nov 10, 2014 2:20 PM

Quote:

Originally Posted by salengasss (Post 6801881)
Cara, como vc desmerece as pessoas assim? Vc chega a ser leviano!!!!! :yuck:

Eu desmereço, pois falaram a mesma coisa durante o governo Cristovam e os cientistas políticos erraram tudo. Querem comparar um governo que jamais governou brasília. Se fosse Agnelo, Arruda ou Roriz, até poderíamos acreditar.

Agora é tudo novo, e outra, partidos ridicularizados por Rollemberg vão dar apoio sem ganhar nada em troca? E olha, como eu previ, Rollemberguizinho para ter recursos federais, vai apoiar projetos de Dilma. Você vai acreditar que Rollemberg vai se aliar a petralhas? Ou o contrário?

O mesmo ocorre com PV, se a executiva local decidir que não vai apoiar, mesmo que o deputado eleito diz que vai apoiar, dessa vez não tem a salvação de trocar de partido, agora se trocar de partido, o cargo vai para o 2o mais votado da coligação.

Pior é inflar essa base aliada sem contrapartida financeira e de cargos. Eu não me iludo.:tup: E estou apenas fazendo uma crítica construtiva. Pois não falam que estamos numa ditadura dos petralhas. Então aguente 4 anos.

Agarwaen Nov 11, 2014 3:46 PM

O GDF está falido ou o quê? Greve de ônibus e garis por falta de pagamentos, hoje o MTST invadiu a secretaria da Fazenda exigindo o auxílio-aluguel atrasado e foi cancelada a festa de ano novo na Esplanada.

salengasss Nov 11, 2014 4:17 PM

E o Pesquisa ainda defende esse Agnelo. É demais pra mim!

Jota Nov 11, 2014 5:03 PM

Ao apagar das luzes
10 de novembro, 2014

Após arrecadar menos do que previa, a gestão Agnelo suspendeu pagamentos a fornecedores e benefícios a servidores, comprometendo importantes serviços. Rollemberg já sabe que vai assumir o governo com o maior rombo nas contas públicas da história do DF

Por Lilian Tahan – Como já virou praxe em época de transição de governo, quem assume a máquina estatal precisa lidar com uma dívida da gestão anterior. Nesse enredo, aquele que se despede costuma justificar a situação com o tradicional “se está ruim, já foi pior”. Desta vez, no entanto, a chamada “herança maldita” atinge seu nível mais alarmante em uma troca de comando no Distrito Federal. A estimativa de rombo nunca foi tão grande, bem como a insegurança de empresários e funcionários públicos com a crise financeira instalada. Um documento usado nas reuniões de transição, ao qual VEJA BRASÍLIA teve acesso, põe na ponta do lápis os números que subsidiaram o futuro governador Rodrigo Rollemberg (PSB) a falar em um déficit de até 2,3 bilhões de reais para 2015. Por mais distante que a quantia pareça estar do orçamento doméstico do brasiliense, o destino dessa bolada fará diferença na rotina de qualquer cidadão que se utiliza de serviços geridos pelo governo (veja o quadro no final da matéria). Os reflexos desse contexto ficam mais evidentes a cada dia. Eles começaram há alguns meses, quando a administração pública passou a atrasar faturas com fornecedores, e marcaram presença nas recentes medidas que determinaram a suspensão de novos contratos e a proibição de benefícios ao servidores.

A origem desse vácuo bilionário, desvelado ao apagar das luzes da gestão de Agnelo Queiroz (PT), está na frustração de receitas, e não propriamente em um gasto além do planejado. Nos últimos anos, durante a elaboração do orçamento do Distrito Federal, os gestores fizeram uma previsão superestimada dos recursos que entrariam nos cofres públicos. Essa verba é formada a partir de algumas fontes. As principais são o dinheiro recolhido dos impostos e uma quantia considerável repassada pela União, por meio do Fundo Constitucional. Para se ter uma ideia do volume de dinheiro que circula nas mãos do governante local, em 2013 o GDF amealhou 16,9 bilhões de reais em receitas próprias. Desse total, 11,4 bilhões vieram apenas de tributos. Para 2014, os gestores fizeram contas e estimaram que fechariam o ano com 22,6 bilhões de recursos dessa mesma natureza. O problema é que, até o último dia 20, o montante obtido somava 15,1 bilhões de reais. Como no fim do ano as despesas são mais rotineiras do que o recolhimento de tributos, as novas previsões, desta vez feitas por técnicos do Tribunal de Contas do DF (TCDF), indicam que o GDF encerrará esta temporada com uma frustração de receita para além dos 2 bilhões de reais. Isso costuma ocorrer quando o governo vincula suas metas financeiras a um crescimento econômico que não se confirma. E, nos últimos dois anos, tanto o país como os entes federados evoluíram menos do que anunciavam os gestores públicos. “Acompanhamos os números oficiais da capital semana a semana. A situação é tão dramática que começo a me preocupar com o pagamento do salário de servidores”, alerta o conselheiro do TCDF Renato Rainha. Ele foi o único integrante da corte a votar pela rejeição das contas do governo relativas a 2013. Por ampla maioria, o tribunal aprovou a gestão financeira desse exercício, mas com ressalvas. No documento de 2013, o relator Manoel de Andrade já falava em um déficit bilionário e dava o indicativo dos tempos de arrocho que agora se materializam. “Trata-se do pior resultado apresentado no âmbito do Distrito Federal desde a edição da Lei de Responsabilidade Fiscal.”

A partir do momento em que as contas deixaram de fechar no papel, fornecedores, beneficiários de programas e até servidores públicos começaram a sentir no bolso o desajuste financeiro do governo. No dia 4, os diretores da Sanoli Indústria e Comércio de Alimentação Ltda. suspenderam pela segunda vez, em menos de dois meses, o fornecimento de refeições a médicos, enfermeiros e funcionários em geral de hospitais públicos da capital. A empresa reclama de faturas não pagas da ordem de 25,5 milhões de reais. Em quarenta anos nesse mercado, diretores da Sanoli constatam que nunca viveram uma incerteza como a atual. Firmas que atuam na limpeza e segurança dos hospitais (Ipanema, Dinâmica, Confederal), no gerenciamento de prontuários médicos (Intersystem), na entrega de medicamentos (Hospfar) e até no fornecimento de gases para a rede (White Martins e Linde Gases) também cobram do governo pagamentos atrasados.

http://blogs.maiscomunidade.com/blog.../11/veja-2.jpg

Por mais que o governador Agnelo Queiroz tente conter os efeitos do desequilíbrio orçamentário no discurso oficial, as consequências da crise já aparecem em diversas áreas. Nos últimos dois meses, rodoviários das empresas Pioneira e Marechal suspenderam as atividades por dificuldade nos pagamentos. A própria Secretaria de Transportes admitiu à época que houve demora nos repasses às concessionárias. Em 23 de outubro, um grupo de produtores culturais protestou em frente ao Palácio do Buriti. Os representantes do setor dão conta de que a dívida do governo com artistas e fornecedores chega a 41 milhões de reais, 7 milhões só em cachê. Tal calote, na maior parte das vezes, atinge cantores locais, mas entre os prejudicados estão até grupos nacionais, como Jota Quest e Nação Zumbi. “É impressionante como isso acontece em toda virada de governo. Mas nunca vi algo com a proporção do prejuízo de agora”, relata o produtor Henrique Rocha. Outros 40 milhões de reais relativos a recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) também foram suspensos, embora os projetos tenham sido aprovados em editais. Na área de esportes, mais um flagrante da penúria orçamentária do DF. Doze atletas que integram o programa Compete Brasília não participarão do Campeonato Brasileiro de Ginástica Rítmica, em Manaus. Assim como nos últimos três anos, período em que marcaram presença no pódio, as meninas dependiam de subsídio governamental. Em 24 de outubro, porém, Agnelo baixou o decreto nº 35943, determinando que todos os órgãos estatais estão impedidos de realizar novos contratos em qualquer departamento do GDF. “Vamos tentar deixar tudo em ordem, mas é bom lembrar que neste governo trabalhamos sempre no limite dos gastos de pessoal, realizamos quarenta concursos, nomeamos 36 000 servidores e reestruturamos 38 carreiras, diz o secretário de Administração, Wilmar Lacerda. O agrado de ontem, contudo, pode se tornar o problema de amanhã.

Entre os que mais sofrerão as consequências do aperto nas finanças oficiais estão justamente os funcionários públicos. O mesmo decreto que impede o governo de empenhar qualquer quantia até o fim do ano também proíbe os gestores de pagar horas extras, antecipar e parcelar férias, conceder gratificação de serviço voluntário, emitir diárias e passagens e oferecer capacitação de pessoal.

http://blogs.maiscomunidade.com/blog...14/11/veja.jpg

Nesse aperto de cinto geral, até reclamar ficou difícil. No dia 31, o estudante de engenharia civil Bráulio Moraes foi até o Procon que funciona na administração do Guará prestar queixa de um problema com sua operadora de internet. Mas não conseguiu fazer o registro. “Disseram-me que o governo está cinco meses atrasado com a empresa de informática que presta serviço para eles. Por isso, o Procon estava sem internet”, lamenta Moraes. Para ele e muitos outros consumidores, restou pedir ajuda a Deus.


http://blogs.maiscomunidade.com/blog...gar-das-luzes/

pesquisadorbrazil Nov 11, 2014 8:46 PM

Piada, eu já trabalhei com n empreiteiras. E todos os governos, sempre atrasam. Me lembro, trabalhava numa empresa, que estava a 1 ano esperando o GDF na gestão Cristovam Buarque pagar. O governo do Cristovam já tinha terminado.

Espartano_bsb Nov 12, 2014 12:28 PM

Reclamaram tanto da herança maldita que estão deixando um abacaxi para o Rollemberg descascar... Dizem que é o pior cenário no DF desde a publicação da lei de responsabilidade fiscal.

pesquisadorbrazil Nov 12, 2014 1:40 PM

Quote:

Originally Posted by Espartano_bsb (Post 6804404)
Reclamaram tanto da herança maldita que estão deixando um abacaxi para o Rollemberg descascar... Dizem que é o pior cenário no DF desde a publicação da lei de responsabilidade fiscal.

Sinceramente, eu acho que eles estão inventando isso. Pois só pegar a arrecadação é infinitamente maior do que as despesas. O que Rollemberg está falando é....

Que Agnelo não vai deixar nenhuma empresa devendo, portanto, Rollemberg vai ter que se virar sem arrecadação de IPVA e IPTU no primeiro trimestre.

pesquisadorbrazil Nov 13, 2014 12:46 AM

Primeira DERROTA e já prevista de ROLLEMBERG...


Comissão aprova transferência de recursos do DF para municípios do Entorno

A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia aprovou proposta que destina recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) aos municípios que fazem parte da região do Entorno do Distrito Federal. Trata-se do Projeto de Lei 6926/10, do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).



Pelo projeto, 10% dos recursos do fundo hoje destinados ao DF passarão a ser distribuídos aos 19 municípios goianos e 2 mineiros que fazem parte da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride).



O relator na comissão, deputado Dudimar Paxiuba (Pros-PA), apresentou parecer favorável ao projeto. Ele rejeitou o substitutivo aprovado anteriormente na Comissão de Desenvolvimento Urbano.



Já o deputado Izalci (PSDB-DF) manifestou-se contra o projeto porque, na sua opinião, ele retira recursos do DF para a Ride, que é composta basicamente por municípios de Goiás, estado que já recebe parte dos recursos do FCO. "Não podemos admitir que o Distrito Federal fique fora do Fundo do Centro-Oeste, porque é o grande mecanismo que temos para o desenvolvimento do DF", disse.



A proposta, que tramita em caráter conclusivo, ainda vai ser analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Da Agência Câmara



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