Amazonas volta ao roteiro do apresentador de TV Álvaro Garnero
Garnero está de passagem por Manaus para gravação de uma campanha comercial, mas deve voltar ao Amazonas no início do próximo ano para as gravações da sexta temporada de seu programa “50 por 1”
18 de Setembro de 2013
JONY CLAY BORGES
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Álvaro Garnero volta a Manaus em janeiro para nova temporada do programa ‘50 POR 1’ (Evandro Seixas)
O destino turístico do momento para aqueles brasileiros que estão pensando em embarcar numa viagem nos próximos meses... é o Brasil. A opinião é de ninguém menos que Álvaro Garnero, apresentador do programa de turismo “50 por 1” (Record), empresário e viajante de primeira categoria, que conta com carimbos de 90 países no passaporte.
“Já gravei uma temporada de 28 episódios do programa, estou gravando uma nova agora, e ainda me surpreendo a cada passo: o Brasil é melhor país do mundo, com as maiores belezas naturais que já tive a oportunidade de conhecer”, declara o apresentador.
Garnero reconhece que fazer turismo no Brasil não é barato, mas dá uma dica para circular pelo País gastando menos: “O Brasil é hoje um dos países mais caros do mundo, mas quando você se programa com antecedência, tem uma redução de quase 50%, 60% nos preços de passagens e hotéis. Minha recomendação hoje, com a subida do dólar, é tentar se programar”.
Nova temporada
Garnero está atualmente em Manaus, de passagem para a gravação de uma campanha comercial, mas deve voltar ao Amazonas no início do próximo ano para as gravações da sexta temporada de “50 por 1”, intitulada “Águas do Brasil”. “A nova temporada traz tudo que se refere às águas, da beleza de cachoeiras, mares e rios aos personagens que vivem dessas águas”, antecipa o apresentador.
Na produção dos novos episódios, Garnero já passou pela Baía de Todos-os-Santos e pela Vila Arembepe, na Bahia, e desceu o São Francisco desde Piranhas (AL) até a foz do rio. “Fiquei impressionado com o São Francisco. É impressionante a beleza das águas, a gastronomia – e pouca gente conhece”.
Amazônia na rota
O roteiro da temporada, com estreia prevista para dezembro deste ano, incluirá ainda localidades no Ceará e Pernambuco, além do Amazonas. “Não dá para falar disso (‘Águas do Brasil’) sem passar pela Amazônia”, assevera Garnero.
A região, aliás, está na memória afetiva do viajante apresentador, que recorda um mergulho no Encontro nas Águas, na terceira temporada de “50 por 1”. “Tive de pular na água para fazer a matéria, mas foi um aperto! Não é muito cabra macho que pula não!”, lembra, bem humorado. E destaca o potencial turístico local: “Todo mundo tem sonho de conhecer a Amazônia. E as experiências (que se tem aqui) ficam marcadas pro resto da vida, você nunca esquece”.
Novos points
Além da nova temporada de “50 por 1”, Garnero trabalha no lançamento de novas franquias do
Café de la Musique em Brasília – como parte de um complexo que terá academias e restaurantes, um deles capitaneado pelo chef Alex Atala – e em Trancoso (BA). Outras futuras filiais estão previstas para serem abertas em Indaiatuba (SP), Rio de Janeiro, Maceió e Fortaleza.
O empresário destaca o sucesso dos clubes, que se tornaram referência no segmento turístico. “Em 2007 inauguramos o Café de Florianópolis, e fizemos (da praia) de Jurerê um reduto internacional do turismo de luxo”, exemplifica.
E, antecipando o Ano Novo, o viajante e apresentador da Record sugere destinos onde o Café tem filiais como roteiros para a Virada de Ano: “Para quem está solteiro, recomendo Jurerê. Para quem está casado, estamos abrindo um Café de la Musique em Trancoso, uma cidade cheia de charme, relax e muita areia, que eu adoro e para onde estou indo”.
Desafios no segmento turístico
Com conhecimento e uma longa experiência no segmento turístico, Álvaro Garnero aponta que o Brasil precisa encarar o turismo como negócio e superar desafios para se destacar como destino internacional.
“Não é possível recebermos menos turistas do que o Museu da Cerveja, na Tchecoslováquia, ou do que Buenos Aires. É absurdo termos 5,6 milhões de visitantes, tendo a Amazônia, as cidades históricas em Goiás, Minas Gerais, e por aí vai. A indústria do turismo é muito importante, e creio que agora o Governo está dando mais atenção a ela”, avalia ele. A título de comparação, ele cita Roma, que recebe 80 milhões de visitantes por ano, e a Tailândia, com 35 milhões.
Um dos desafios que o País precisa contornar, na visão do empresário, é a infraestrutura hoteleira. “Com a Copa, está havendo uma tendência de melhoria”, aponta. “Vejo um desenvolvimento no setor, e um ‘namoro’ de grandes redes hoteleiras com o País, como a Wyndham, que tem 5.700 hotéis pelo mundo”, informa.
Outro gargalo, segundo ele, está nos custos proibitivos da aviação, em especial a regional. “Creio que tem de ter algum tipo de subsídio para se ir de um ponto a outro no Norte e Nordeste, para se ter mais voos diretos”, diz ele, que sugere a união entre esforços do Governo e da iniciativa privada como saída. “O turismo é um ramo difícil, e está diretamente ligado à aviação”.
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