Taxistas perdem ponto de apoio no Aeroporto JK e pedem providências ao GDF
Nessa quinta (25), a Justiça Federal concedeu liminar de reintegração de posse da área e deu 20 dias aos taxistas para deixarem o local. Inframérica informa que se a área não for desocupada dentro do prazo, usará a força policial
Foto: Ana Paula Oliveira/Fato Online
Taxistas ficaram sem ponto de apoio e lamentam demora do GDF em resolver a questão
A briga por espaço continua no Aeroporto Juscelino Kubitschek entre o Sinpetaxi (Sindicato dos Permissionários de Táxis e Motoristas Auxiliares do Distrito Federal) e a Inframérica, que administra o Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek. Em audiência nessa quinta-feira (25), a Justiça Federal concedeu liminar de reintegração de posse de uma área externa pertencente ao aeroporto, que é utilizada como ponto de apoio para os taxistas. De acordo com a liminar, os motoristas têm 20 dias para desocupar o local.
A presidente do Sinpetaxi, Maria Bonfim, afirma que a área foi cedida pela Infraero há mais de 20 anos e que muitos investimentos foram feitos no local. “Nós estamos lá tem 26 anos. Construímos banheiros, restaurante, academia e colocamos até um posto de gasolina”, disse. O problema, segundo a presidente, é que além de ficar mais distante do aeroporto, terão que construir toda a estrutura novamente.
“O nosso ponto de apoio fica a dois minutos da área de embarque do aeroporto. Se a gente for para outro lugar vai ficar mais difícil”. Maria disse que não é contra a entrega da área, mas vai debater o assunto com a Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal para encontrar uma solução. A ideia, segundo ela, é ter um novo endereço e a ajuda do governo para reconstruir o novo ponto de apoio.
De acordo com a Inframérica, ainda não está definido como a área será reaproveitada, mas, segundo especulações dos próprios motoristas, um shopping deve ser erguido no local. “Mais de 6 mil taxistas por dia. Não tem outro ponto de apoio em Brasília, a não ser esse. Nós disputamos com o transporte pirata, que toma nossas vagas nas rodoviárias”, reclamou o taxista Claudemar Oliveira.
A cerca de dois quilômetros do Aeroporto, um galpão é utilizado por taxistas de Rádio Táxi, que não são plantonistas – atendem por meio de chamados. O local não tem nenhuma estrutura de abrigo para os trabalhadores. O taxista Jair Amaral queria ter pelo menos um banheiro. “Não sabemos o que vai acontecer. Aqui não tem nada. As taxistas mulheres têm que ir para longe fazer as necessidades. Nós homens vamos no mato mesmo”, lamentou.
De acordo com o motorista, a área seria transformada em um novo ponto de apoio para os trabalhadores, mas a obra foi embargada por causa da reclamação dos moradores vizinhos ao local. Banheiros e restaurante é o mínimo que os taxistas pedem. Cerca de 1.500 taxistas atendem os passageiros do aeroporto de Brasília.
A Secretaria de Mobilidade Urbana informou que pretende construir um novo ponto de apoio para os taxistas mas até agora nada foi definido. A Semob não deu nenhuma declaração sobre o galpão utilizado por taxistas de Rádio Táxi. Segundo a Inframérica, se os motoristas não saírem do ponto de apoio dentro do prazo, vão usar a força policial para retomar o espaço.
Foto: Ana Paula Oliveira/Fato Online
Galpão embargado pela justiça ficou pela metade
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