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  #1001  
Old Posted Dec 12, 2014, 5:59 PM
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Governo amplia de 5 para 10 anos validade de passaportes


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Passaporte: os passaportes passarão a ser expedidos, no exterior, apenas pelas repartições consulares

Brasília - O governo federal ampliou, de cinco para dez anos, o prazo de validade dos passaportes diplomático, oficial e comum, e da carteira de matrícula consular.

A mudança consta de decreto publicado no Diário Oficial da União que modifica as regras para expedição dos documentos.

Entre várias outras mudanças, os passaportes comum, para estrangeiro e de emergência passarão a ser expedidos, no exterior, apenas pelas repartições consulares.

As missões diplomáticas, que também tinham essa atribuição, foram excluídas no novo texto.

O decreto ainda traz alterações no regulamento sobre a estada de estrangeiros no País.












http://exame.abril.com.br/brasil/not...de-passaportes
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  #1002  
Old Posted Dec 13, 2014, 4:02 AM
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Fim da publicidade infantil custaria R$ 33 bilhões



O fim da publicidade direcionada ao público infantil, que consta da Resolução 163 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), da Secretaria dos Direitos Humanos, poderá representar uma perda para a economia estimada em R$ 33 bilhões, de acordo com estudo da consultoria GO Associados, feito a pedido da Mauricio de Sousa Produções, e divulgado nesta quinta-feira, 11, em evento na Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo.

Segundo o economista Gesner Oliveira, da GO Associados, a perda de receita levaria a uma queda de arrecadação de impostos em R$ 2,2 bilhões, além do corte de 720 mil postos de trabalho, tirando R$ 6,4 bilhões em salários de circulação.

De acordo com Oliveira, que já foi presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), os R$ 33 bilhões são equivalentes ao dobro do gasto anual do governo com o programa Bolsa Família, que é de R$ 16,5 bilhões.

O estudo da aponta que os efeitos da restrição à publicidade infantil seriam sentidos em 13 setores da economia, incluindo brinquedos, produção agrícola, higiene e limpeza e varejo.

"A restrição da publicidade é uma ameaça à concorrência, pois dificulta a entrada de novas marcas, que precisam da publicidade para ganhar mercado frente aos líderes já estabelecidos", disse o economista da GO Associados.

Principal empresa de entretenimento infantil do País, a Mauricio de Sousa Produções estima que 80% a 85% de seu faturamento venha do licenciamento de produtos com seus personagens. Como a resolução do Conanda entende que a publicidade de produtos infantis não pode ser direcionada a crianças, isso inviabilizaria que a Turma da Mônica aparecesse em comerciais.

Com essa restrição, na visão da empresa, o interesse pelo licenciamento de produtos direcionados ao público infantil ficaria reduzido.

Presente à divulgação da pesquisa, Mauricio de Sousa afirmou que não pretende criar uma "guerra" em torno do assunto, mas sim debater com o tema com o Instituto Alana, ONG ligada à proteção dos direitos da criança que tem advogado pela aplicação da resolução que prega o fim da publicidade infantil.

Para Maurício, é impossível impedir que crianças e adolescentes tenham acesso a informações sobre produtos. "A criança está na internet, tem as janelas abertas para o mundo. (Restringir o acesso a informações) seria uma violência e um retrocesso", disse.

O estudo da GO Associados também inclui uma seção jurídica que questiona a constitucionalidade da resolução.

Outro lado

Procurado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o Instituto Alana tem um parecer jurídico com o entendimento contrário sobre a resolução. De acordo com advogada Ekaterine Karageorgiadis, o texto veio para ajudar o poder público a decidir sobre processos específicos relativos à publicidade infantil, sejam eles individuais ou coletivos. A resolução seria usada para esclarecer a aplicação de regras que já constam de legislações consagradas, entre elas o Código de Defesa do Consumidor (CDC).














http://www.istoedinheiro.com.br/noti...s/216277.shtml
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  #1003  
Old Posted Dec 14, 2014, 9:43 PM
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Igual o fim da propaganda dos cigarros e bebidas. Jamais acabarão. Detalhe, propaganda do tabaco pode acabar, mas da maconha vai começar rs.
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  #1004  
Old Posted Dec 14, 2014, 11:30 PM
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Fim da publicidade infantil custaria R$ 33 bilhões



O fim da publicidade direcionada ao público infantil, que consta da Resolução 163 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), da Secretaria dos Direitos Humanos, poderá representar uma perda para a economia estimada em R$ 33 bilhões, de acordo com estudo da consultoria GO Associados, feito a pedido da Mauricio de Sousa Produções, e divulgado nesta quinta-feira, 11, em evento na Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo.
......

http://www.istoedinheiro.com.br/noti...s/216277.shtml
Lei idiota e desnecessária, mas uma vez o Estado metendo o betelho onde não precisa e como sempre achando que as pessoas não são suficientemente inteligentes para fazer sua próprias escolhas.

Se essa lei idiota passar é o fim de toda a programação infantil na TV. Já conseguiram acabar com os programas infantis da TV aberta.

Falando nisso alguém lembra da lei do idiota do Agnelo proibindo a venda de brinquedos parecidos com armas? As pessoas simplesmente ignoraram a lei e foda-se o GDF.
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  #1005  
Old Posted Dec 15, 2014, 12:36 PM
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Lei idiota e desnecessária, mas uma vez o Estado metendo o betelho onde não precisa e como sempre achando que as pessoas não são suficientemente inteligentes para fazer sua próprias escolhas.

Se essa lei idiota passar é o fim de toda a programação infantil na TV. Já conseguiram acabar com os programas infantis da TV aberta.

Falando nisso alguém lembra da lei do idiota do Agnelo proibindo a venda de brinquedos parecidos com armas? As pessoas simplesmente ignoraram a lei e foda-se o GDF.
Pior vai ser agora não fizeram um plebiscito pelo desarmamento, e o povo disse não. Mas a lei do desarmamento entrou em vigor assim mesmo. Parecem que irão revogar a lei. Será verdade.

Agora com relação ao Agnelo, com certeza foi uma das leis mais toscas que se criou.
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  #1006  
Old Posted Dec 17, 2014, 3:49 PM
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OMC aprova maior disputa comercial contra o Brasil


A Organização Mundial do Comércio (OMC) aprovou, na manhã desta quarta-feira, 17, a abertura da maior disputa contra o Brasil em 20 anos, numa iniciativa que mobiliza a comunidade internacional. A entidade com sede em Genebra deu o sinal verde para o início das investigações sobre as acusações da Europa de que a política de incentivo fiscal do Brasil viola as regras internacionais, principalmente no setor de veículos e tecnologia. "As medidas brasileiras são discriminatórias e tem como meta promover uma substituição de importação", declarou a UE.

Os europeus passaram a contar com o apoio dos EUA, da China, Coreia, Austrália e do Japão. A adesão à disputa foi uma das maiores vistas nos últimos anos. Ao ser estabelecido o painel da entidade, países como a Índia, Rússia, Argentina, Taiwan e Turquia também anunciaram que querem entrar no processo como terceiras partes. Ao se defender o governo alertou que a interpretação da UE pode ser perigosa. "Se aceita, essa visão das regras da OMC pode limitar a habilidade dos países de promover desenvolvimento social e tecnológico", afirmou o embaixador Marcos Galvão, representante do Brasil em Genebra.

Se o Brasil for condenado, terá de retirar as isenções de IPI a diversos setores e reformular sua estratégia industrial. Bruxelas alega que os incentivos fiscais dados pelo governo brasileiro para o setor de carros, eletrônicos e outros violam as regras do comércio. Galvão garante que as leis brasileiras não violam as regras internacionais. "Empresas de diferentes origens, especialmente europeias, estabelecidas no Brasil têm sido positivamente afetadas por esses programas", indicou o embaixador.

O jornal O Estado de S. Paulo revelou com exclusividade em agosto que a UE estava estudando o ataque contra o Brasil. Mas a decisão era de aguardar o resultado da eleição no País para fazer a denúncia. A esperança era de que uma eventual derrota do governo de Dilma abriria a possibilidade de que a política industrial protecionista fosse repensada. Com a vitória do governo nas urnas, Bruxelas imediatamente recolocou o caso sobre a mesa.

Para os europeus, o Brasil aplica impostos "discriminatórios". "As medidas de impostos no Brasil dão uma vantagem injusta para os produtores nacionais e vão contra as regras da OMC", indicou a UE, que afirma querer que todos possam competir num mesmo nível. "O Brasil aplica altas taxas internas para vários setores, como automotivos, tecnologias de informação, máquinas", indicou. Segundo a queixa da UE, produtos brasileiros, ao contrário dos importados, se beneficiam de reduções de IPI e de isenções de impostos.

"Como resultado, os bens manufaturados pela UE e vendidos no Brasil encaram impostos mais altos que os brasileiros", explicou.

Um dos exemplos dados pela UE à OMC é o IPI de carros. "Os impostos sobre veículos importados podem exceder aos coletados por carros feitos no Brasil em 30% do valor do veículo", indicou. "Impostos combinados da aduana e outras taxas podem elevar em alguns casos e taxas proibitivas de 80% do valor importado", acusou.

Outra queixa da UE se refere às exigências do uso de componentes domésticos em produtos como uma condição para ter benefícios fiscais. Para os europeus, "isso promove a substituição de importações ao induzir o produtor europeu e realocar ao Brasil sua produção e limitar o fornecimento estrangeiro". "Isso causa dano aos exportadores de produtos acabados na Europa e seus componentes", disse o bloco.

Escudo

Bruxelas ainda acusa o Brasil de estar "criando um escudo para a indústria que não é competitiva contra a concorrência internacional". Aos consumidores, isso significa uma "limitação de escolhas de produtos mais baratos". Um exemplo dado pelos europeus é o do custo do smartphone no Brasil. Segundo o bloco, o aparelho no País custa 50% mais do que na maioria dos mercados. Isso apesar de a indústria nacional de tecnologia contar com reduções de impostos que variam de 80% a 100%.

Bruxelas também acusou o Brasil não apenas de rejeitar uma negociação para uma solução pacifica da crise, como também ampliou os "regimes discriminatórios". "Medidas significativas foram ampliadas para o setor de máquinas e tecnologia até 2029", acusou o bloco.

Para os europeus, as barreiras brasileiras já afetam o comércio bilateral. O valor das exportações do bloco caiu de 10,6 bilhões de euros no segundo trimestre de 2013 para 9,8 bilhões de euros no mesmo período de 2014. A queda seria "resultado da desaceleração da economia do Brasil e das medidas cada vez mais frequentes do Brasil contra importações". Para a UE, as "taxas discriminatórias e outras barreiras minam as perspectivas de comércio".
















http://www.istoedinheiro.com.br/noti...l/217518.shtml
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  #1007  
Old Posted Dec 17, 2014, 4:13 PM
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Uai mas isso o Brasil faz desde que virou Democracia. Reclamam que a Coreia do Norte é o pais mais fechado do mundo. E parece que somos nós.
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  #1008  
Old Posted Dec 17, 2014, 6:49 PM
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A Coreia do Norte não pertence a OMC... Por isso não pode processar ninguém via OMC, nem ser processada pela mesma.

O irônico é que a China ate um tempo atras tbm não era, mas o Brasil fez campanha para a China ser aceita na OMC em troca de um pretenso apoio a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU.

O apoio da China nunca veio e agora que se tornou membro da OMC aproveita para processar o Brasil.....

Parabéns a diplomacia Petista! Esse poço de inteligencia internacional!

E o Inovar Auto vai pro saco....
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  #1009  
Old Posted Dec 17, 2014, 8:11 PM
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Mas acho que eles fizeram isso de propósito. Pois com a OMC na cola, demonstra a incapacidade dos industriais brasileiros. Pois eles só querem grana federal para tocar os empreendimentos, e essa grana vem como? desonerar, incentivos fiscais e tal.

Agora, a OMC vai arrombar a porta, e eu quero ver o mimimi dos empresários brasileiros. Quem não se preparou para a globalização agora está roubado. Me lembro no inicio do SSC, quando debatiamos isso.

Empresas hoje que estão nos centros urbanos que não aguentarem a concorrência, terão de ir para zona rural para sobreviver.
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  #1010  
Old Posted Dec 18, 2014, 6:43 PM
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Justiça proíbe publicidade de cerveja e vinho no rádio e TV entre 6h e 21h

Divulgação



Uma decisão da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) restringiu a publicidade de bebidas com teor alcoólico igual ou superior a 0,5 grau Gay Lussac (GL). Com isso, comerciais de cerveja e vinho, por exemplo, só poderão ser veiculados em emissoras de rádio e televisão entre as 21h e as 6h.

A veiculação até as 23h só pode ser feita no intervalo de programas não recomendados para menores de 18 anos.

A decisão vale para todo o país e dá prazo de 180 dias para a alteração de contratos comerciais de publicidade de bebidas alcoólicas, sob pena de multa diária de R$ 50 mil, em caso de descumprimento.

Até então, a restrição valia para bebidas com teor alcoólico superior a 13º GL, pois apenas essas foram tipificadas como alcoólicas pela Lei Nº 9.294/96, que trata do uso e da propaganda de produtos fumígeros, bebidas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas.

Com isso, comerciais de cervejas e vinhos podiam ir ao ar a qualquer hora do dia, bem como durante jogos esportivos.

Lei foi adaptada

Relator do processo, o desembargador federal Luís Alberto d'Azevedo Aurvalle explica que, após a Lei 9.294, outras regras foram formuladas sobre o tema. A Lei Seca (Lei 11.705/2008), por exemplo, passou a considerar alcoólicas todas as bebidas que contenham álcool com grau de concentração igual ou superior a 0,5º GL.

A mesma definição é usada na Política Nacional sobre o Álcool (Decreto 6.117/2007) e pelo Decreto 6.871/2009, que trata da produção e fiscalização de bebidas.

"O que simplesmente se fez nessa ação foi adaptar a lei anterior à posterior", explica Luís Alberto. Ele acrescenta que, assim como a restrição de horário, as demais implicações da decisão já constam na lei de 1996.

Entre elas estão a não associação do produto "ao esporte olímpico ou de competição, ao desempenho saudável de qualquer atividade, à condução de veículos e a imagens ou ideias de maior êxito ou sexualidade das pessoas", conforme estabelece a norma.

Associação entre publicidade e consumo de álcool

A decisão foi tomada após análise de três ações civis públicas ajuizadas pelo Ministério Público Federal (MPF). Nos textos, o MPF argumenta que a regulamentação da publicidade tem o objetivo de garantir o direito à saúde e à vida dos brasileiros, principalmente de crianças e adolescentes.

Baseado em diversos estudos citados na ação originária, que tem quase 100 páginas, o órgão sustenta que há uma associação entre a publicidade e o consumo de álcool, sobretudo o uso precoce.

"Verificou-se que existe verdadeira omissão por parte do Estado ao não cumprir disposição constitucional que obriga a regulamentação da publicidade de bebidas alcoólicas", afirma o procurador Paulo Gilberto Cogo Leivas, um dos autores da ação.

Ele explica que, com a norma de 1996, "o legislador restringiu apenas a publicidade de altíssimo teor alcoólico, não abrangendo a maior parte das bebidas que são divulgadas e consumidas". Para Leivas, a restrição atenderá ao objetivo constitucional de proteção prioritária às crianças e aos adolescentes.

Entidades aprovam e outras criticam decisão

A decisão foi comemorada por entidades da sociedade civil. O Instituto Alana considera que a medida vai ao encontro do dever do Estado de proteger a saúde da população e a infância, direitos que, para a entidade, não devem ser relegados a segundo plano em relação aos objetivos do mercado.

"O objetivo da política pública, do Estado e da sociedade brasileira é proteger a saúde da população, o direito dos consumidores e das crianças. E a gente tem o alcoolismo e o consumo precoce de bebidas alcoólicas de crianças e adolescentes como um dos principais problemas de saúde pública no Brasil. Primeiro está a violência, depois o alcoolismo e a obesidade", afirma Ekaterine Karageorgiadis, advogada do Alana.

A adaptação do teor alcoólico para regulamentar a publicidade ao que está previsto em outras leis incomodou o segmento empresarial.

Segundo o diretor de Assuntos Legais da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), Cristiano Flores, a norma pode ter "impacto gigantesco" na indústria da comunicação.

Ele criticou a decisão, que considera caber ao Legislativo e não ao Judiciário. "Quem acabou promovendo essa mudança na legislação foi o Judiciário, o que fere a separação entre os poderes", opina.

Para ele, "a questão não é se a cerveja é uma bebida alcoólica. A questão é como se dá o tratamento legislativo do tema e qual o nível de restrição você pode estabelecer". A Abert vai recorrer da decisão nos tribunais superiores. "Acreditamos que a decisão do STF [Supremo Tribunal Federal] é completamente distinta", diz Flores.

A Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (Cervbrasil) disse, em nota, que "prefere se manifestar somente quando a decisão for oficialmente publicada pela Justiça Federal", sobretudo por evitar falar sobre processos ainda em andamento. O acórdão deve ser publicado nos próximos dias, segundo o tribunal.

A Agência Brasil procurou o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), mas a assessoria informou que ele não se posiciona sobre determinações judiciais. A Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) também foi procurada, mas os diretores da entidade não estavam disponíveis.












http://economia.uol.com.br/noticias/...e-6h-e-21h.htm
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  #1011  
Old Posted Dec 18, 2014, 8:34 PM
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Como eu não bebo mesmo, ate poderia dizer foda**, porem é mais um caso da nova logica esquerdoide de se meter em decisões livres das pessoas.

O Estado brasileiro agora trata sua população com se fossemos bebês que não tem capacidade de fazer suas escolhas.....
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  #1012  
Old Posted Dec 18, 2014, 9:02 PM
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Agora em horário nobre os beneficio de consumo da Maconha será permitida, inclusive maconhodromos...
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  #1013  
Old Posted Dec 19, 2014, 1:17 PM
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Peso dos tributos chegou a 35,95% do PIB em 2013

Foto: Germano Luders


Tributos: carga líquida é definida como o valor da totalidade dos impostos, taxas e contribuições arrecadadas pelo governo

Brasília - A carga tributária bateu novo recorde no Brasil chegando a 35,95% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. Os cálculos são da Receita Federal e foram divulgados hoje (19).

Em 2012, a carga tributária brasileira atingiu 35,86 % do PIB. Pelos números da Receita, o Produto Interno Bruto (PIB) totalizou R$ 4,844 trilhões no ano passado, com os brasileiros desembolsando R$ 1,741 trilhão para pagar os impostos.

A carga tributária da União respondeu por 68,92% da arrecadação total, contra 69,06% em 2012. Os estados responderam por 25,29% ante os 24,44% do ano anterior e os municípios responderam por 5,79% (5,77% em 2012).

As desonerações utilizadas pelo governo para enfrentar a crise, em 2013, superaram em R$ 31,3 bilhões os valores de 2012, passando para R$ 77,7 bilhões.

Pelos dados da Receita Federal, em comparação aos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil está em 13º lugar em termos da carga tributária.

Perde para a Dinamarca (48%), França (45,3%), Itália (44,4%), Suécia (44,3%), Finlândia (44,1%), Áustria (43,2%), Noruega (42,2%), Hungira (38,9%), Luxemburgo (37,8%), Alemanha (37,6%), Eslovênia (37,4%) e Islândia (37,2%). Na América do Sul, o Brasil perde apenas para a Argentina, com 37,3%.

A Receita alerta que as comparações entre países devem ser feitas com cuidado, pois algumas espécies tributárias existentes em um país podem não existir em outros.

Enquanto a Carga Tributária Bruta manteve-se praticamente estável, informou a Receita, houve redução da Carga Tributária Líquida (CTL) de 0,2 ponto percentual (de 20,01 % para 19,81% do PIB).

A carga líquida é definida como o valor da totalidade dos impostos, taxas e contribuições arrecadadas pelo governo, deduzido dos subsídios ao setor privado e das transferências previdenciárias e assistenciais, efetuadas pelo governo às famílias e às instituições privadas sem fins lucrativos.














http://exame.abril.com.br/economia/n...do-pib-em-2013
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  #1014  
Old Posted Dec 22, 2014, 8:30 PM
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Egoístas e metidos - é assim que o Brasil vê os paulistanos


Foto: Germano Lüders/EXAME

Região da Faria Lima, em São Paulo: reputação dos paulistanos não anda muito bem no resto do Brasil

São Paulo - A reputação dos paulistanos não anda muito boa com o restante dos brasileiros. Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira, os moradores da capital de São Paulo são vistos como egoístas e metidos pelos moradores de outras regiões do país.

Para chegar a esta conclusão, a pesquisa fez seis afirmações aos entrevistados, que deveriam dizer se concordavam ou discordavam, total ou parcialmente com elas. O Datafolha ouviu 2.896 pessoas em todo o país - com exceção da capital paulista - em 2 e 3 de dezembro.

Seis em cada 10 brasileiros concordam, total ou parcialmente, que os paulistanos se importam mais com seus problemas do que com os problemas dos outros. Esta percepção de que os moradores da capital paulista são egoístas é maior quando só é levada em conta a opinião dos nordestinos: 76% concordaram com a afirmação.

Quando a afirmação foi "os paulistanos se julgam melhores que os demais brasileiros", mais da metade dos entrevistados concordou total ou parcialmente - reafirmando a fama de arrogantes dos paulistas.

De forma geral, a imagem dos paulistanos foi sempre pior entre os entrevistados do Nordeste. Quase 70% dos nordestinos acreditam que os paulistanos se acham melhores que o restante dos brasileiros. Além disso, 48% afirmaram que os moradores de São Paulo têm inveja dos outros brasileiros.

Locomotiva

Por outro lado, a velha expressão de que São Paulo seria a locomotiva do Brasil foi reafirmada pela grande maioria dos entrevistados: 6 em cada 10 concordaram com a afirmação.

Já quando a frase se refere aos próprios paulistanos, a recepção foi contrária. Perguntados se concordavam com a ideia de que os paulistanos trabalham mais que os demais brasileiros, 59% dos entrevistados discordaram total ou parcialmente.











http://exame.abril.com.br/brasil/not...os-paulistanos
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  #1015  
Old Posted Dec 22, 2014, 8:40 PM
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É cada uma o Datafolha tá cada dia mais sem o que fazer
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Old Posted Dec 23, 2014, 12:31 PM
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Caixa pode captar R$ 20 bilhões com IPO

Foto: Tânia Rêgo/ABr

Caixa: banco será preparado para IPO durante o ano que vem. Abertura de capital deve ocorrer no fim de 2015 ou início de 2016


São Paulo - A abertura de capital da Caixa Econômica Federal poderia movimentar mais de R$ 20 bilhões com a venda de cerca de 25% a 30% do banco público no mercado que permaneceria com o controle nas mãos do governo, segundo fontes com conhecimento no assunto. Nesta segunda-feira, 22, a presidente Dilma Rousseff confirmou a intenção do governo de colocar parte das ações no mercado.

Mas, para que a oferta se concretize, mais do que preparada para ser uma empresa listada em bolsa, o cenário atual teria de mudar. Na mesa, além do tímido espaço para novas captações via ações, há os desdobramentos da Operação Lava Jato que envolve casos de corrupção entre a Petrobras e fornecedores como empreiteiras.

Os bancos públicos são, segundo analistas de mercado, os mais expostos à Petrobras. No caso da Caixa, conforme balanço correspondente ao terceiro trimestre, os empréstimos concedidos ao setor público na área petroquímica somavam R$ 11,5 bilhões. Já o BB, de acordo com um analista, gira em torno dos R$ 20 bilhões. Como os dados de clientes são confidenciais, não é possível saber minuciosamente a real exposição de cada banco. Os números no balanço consideram o setor, se público ou privado, e também o segmento de atuação, neste caso, petroquímico.

O plano do governo é preparar o banco ao longo de 2015 para aproveitar uma possível janela de oportunidade no fim do próximo ano ou em 2016. “O IPO da Caixa será realizado quando tiver janela de mercado e compatibilizar com a necessidade do Tesouro Nacional”, afirma uma fonte. Por ora, o IPO da Caixa não é prioridade do governo.

A Caixa soma mais de R$ 1 trilhão em ativos, marca ultrapassada em setembro último, e patrimônio líquido de R$ 64,4 bilhões. Sua carteira de crédito, mais focada em imobiliário, no qual é líder, alcançou R$ 576,4 bilhões no terceiro trimestre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.














http://exame.abril.com.br/mercados/n...ilhoes-com-ipo
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Governo vai aumentar rigor na concessão de benefícios ao trabalhador


As normas de acesso a cinco benefícios trabalhistas e previdenciários serão alteradas pelo governo federal. Nesta terça-feira (30), serão publicadas, no Diário Oficial da União, as medidas provisórias com ajustes nas despesas do abono salarial, do seguro-desemprego, do seguro-defeso, da pensão por morte e do auxílio-doença.

O objetivo das novas regras, informou o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, é eliminar excessos, aumentar a transparência e corrigir distorções, visando à sustentabilidade dos programas que utilizam os fundos de Amparo ao Trabalhador (FAT) e da Previdência Social. “Todas as mudanças respeitam integralmente todos os benefícios que já estão sendo pagos”, disse o ministro. “[Elas] não se aplicam aos atuais beneficiados, não é retroativo”.

As medidas foram anunciadas após encontro dos ministros da Previdência, do Trabalho, do Planejamento e do representante do Ministério da Fazenda com representantes de centrais sindicais, na tarde de hoje (29), no Palácio do Planalto. Elas começam a valer a partir de amanhã, mas precisam ser aprovadas pelos deputados e senadores para virarem lei. Elas vão gerar redução de custos de aproximadamente R$ 18 bilhões por ano, a preços de 2015.

De acordo com Nelson Barbosa, que vai assumir na próxima quinta-feira (1º) o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o valor equivale a 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país, do próximo ano, e vai aumentar ao longo do tempo, de acordo com a maior utilização dos benefícios.

A primeira medida anunciada é o aumento da carência do tempo de carteira assinada do trabalhador que tem direito a receber o abono salarial. Antes, quem trabalhava somente um mês e recebia até dois salários mínimos tinha acesso ao benefício. Agora, o tempo será de no mínimo seis meses ininterruptos. Outra mudança será o pagamento proporcional ao tempo trabalhado, do mesmo modo que ocorre atualmente com o décimo terceiro salário, já que, pela regra atual, o benefício era pago igualmente para os trabalhadores, independentemente do tempo trabalhado.

O seguro-desemprego também sofrerá alterações. Pelas regras atuais, o trabalhador pode solicitar o seguro após trabalhar seis meses. Com as novas regras, ele terá que comprovar vínculo com o empregador por pelo menos 18 meses na primeira vez em que requerer o benefício. Na segunda solicitação, o período de carência será de 12 meses. A partir do terceiro pedido, a carência voltará a ser de seis meses.

Devido à grande ocorrência de acúmulo de benefícios no seguro-desemprego do pescador artesanal, conhecido como seguro-defeso, as regras de acesso, nesse caso, também terão mudanças. A primeira delas visa a vedar o acúmulo de benefícios assistenciais e previdenciários com o seguro-defeso. O benefício de um salário mínimo é pago aos pescadores que exercem a atividade de forma exclusiva, durante o período em que a pesca é proibida, visando à reprodução dos peixes.

Mercadante disse que “não faz sentido” o trabalhador receber o seguro-defeso e, concomitantemente, o seguro-desemprego ou o auxílio-doença, por exemplo. Além desta medida, serão criadas regras para comprovar que o pescador comercializou a sua produção por pelo menos 12 meses, além de ser criada carência de três anos a partir do registro do pescador.

Com base em estudos de experiências internacionais, o governo pretende criar uma carência de dois anos para quem recebe pensão por morte. Outra intenção é exigir tempo mínimo de dois anos de casamento ou união estável para que os dependentes recebam a pensão. “Não dá para casar na última hora para simplesmente transferir o benefício como em casamentos oportunistas que ocorrem hoje”, justificou Mercadante.

A exceção é para os casos em que o óbito do trabalhador ocorrer em função de acidente de trabalho, depois do casamento ou para o caso de cônjuge incapaz. Nova regra de cálculo do benefício também será estipulada e reduzirá o atual patamar de 100% do salário-de-benefício para 50% mais 10% por dependente. Outra mudança é a exclusão do direito a pensão para os dependentes que forem condenados judicialmente pela prática de assassinato do segurado.

O auxílio-doença também sofrerá alteração. O teto do benefício será a média das últimas 12 contribuições, e o prazo de afastamento a ser pago pelo empregador será estendido de 15 para 30 dias, antes que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passe a arcar com o auxílio-doença.

A única medida anunciada hoje que valerá para todos os beneficiados será o aumento da transparência dos programas. Os nomes dos beneficiados, a que auxílio têm direito, por qual motivo e quanto recebem são informações que, de acordo com Mercadante, estarão disponíveis publicamente na internet, da mesma forma que é hoje para quem recebe o Bolsa Família.

O ministro explicou que já existem medidas de auditoria permanente no Bolsa Família e disse que as mudanças visam a dar isonomia à concessão dos programas. “Estamos fazendo com critério, equidade, equilíbrio, preservando políticas, direitos adquiridos. São ajustes e correções inadiáveis e indispensáveis”, afirmou.

Do lado do governo, participaram do encontro Carlos Eduardo Gabas, secretário executivo do Ministério da Previdência Social, confirmado nesta segunda-feira (29) pela presidenta Dilma Rousseff à frente da pasta; Paulo Rogério Caffarelli, secretário executivo do Ministério da Fazenda; Miriam Belchior, ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão; e Manoel Dias, ministro do Trabalho e Emprego.

Os trabalhadores foram representados por dirigentes da Central Única dos Trabalhadores, União Geral dos Trabalhadores, Nova Central Sindical dos Trabalhadores, Central dos Sindicatos Brasileiros e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.
















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  #1018  
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Uai tinha de fazer isso desde que se criou os beneficios.
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  #1019  
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Na primeira penitenciária privada do Brasil, quanto mais presos, maior o lucro



Perigo do modelo de prisão em MG é o encarceramento em massa, alertam especialistas: "Para quem investe em determinado produto, no caso o produto humano, será interessante ter cada vez mais presos"





Foto: Peu Robles / Agência Pública

Pátio da penitenciária público-privada de Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte

Em janeiro de 2013, assistimos ao anúncio da inauguração da “primeira penitenciária privada do país”, em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. Porém, prisões “terceirizadas” já existiam em pelo menos outras 22 localidades. A diferença é que esta de Ribeirão das Neves é uma PPP (parceria público-privada) desde sua licitação e projeto, enquanto as outras eram unidades públicas que em algum momento passaram para as mãos de uma administração privada. Na prática, o modelo de Ribeirão das Neves cria penitenciárias privadas de fato; nos outros casos, a gestão ou determinados serviços são terceirizados, como a saúde dos presos e a alimentação.

Existem no mundo aproximadamente 200 presídios privados, sendo metade deles nos Estados Unidos. O modelo começou a ser implantado naquele país ainda nos anos 1980, no governo Ronald Reagan, seguindo a lógica de aumentar o encarceramento e reduzir os custos, e hoje atende a 7% da população carcerária do país. O modelo também é bastante difundido na Inglaterra – lá implantado por Margareth Thatcher – e foi fonte de inspiração da PPP de Minas, segundo o então governador do estado, Antônio Anastasia. Em Ribeirão das Neves o contrato da PPP foi assinado em 2009, na gestão do então governador Aécio Neves.

O slogan do complexo penitenciário de Ribeirão das Neves é “menor custo e maior eficiência”, mas especialistas questionam sobretudo o que é tido como “eficiência”. Para Robson Sávio, coordenador do Núcleo de Estudos Sociopolíticos (Nesp) da PUC-Minas e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, esta eficiência pode caracterizar um aumento das prisões ou uma ressocialização de fato do preso. E ele acredita que a privatização tende para o primeiro caso. Entre as vantagens anunciadas está, também, a melhoria na qualidade de atendimento ao preso e na infraestrutura dos presídios.

Bruno Shimizu e Patrick Lemos Cacicedo, coordenadores do Núcleo de Situação Carcerária da Defensoria Pública de São Paulo, questionam a legalidade do modelo. Para Bruno, “do ponto de vista da Constituição Federal, a privatização das penitenciárias é um excrescência”, totalmente inconstitucional, afirma, já que o poder punitivo do Estado não é delegável. “Acontece que o que tem impulsionado isso é um argumento político e muito bem construído. Primeiro se sucateou o sistema penitenciário durante muito tempo, como foi feito durante todo um período de privatizações, (…) para que então se atingisse uma argumentação que justificasse que estes serviços fossem entregues à iniciativa privada”, completa.

Laurindo Minhoto, professor de sociologia na USP e autor do livro “Privatização de presídios e criminalidade”, afirma que o Estado está delegando sua função mais primitiva, seu poder punitivo e o monopólio da violência. O Estado, sucateado e sobretudo saturado, assume sua ineficiência e transfere sua função mais básica para empresas que podem realizar o serviço de forma mais “prática”. E esta forma se dá através da obtenção de lucro.

Patrick afirma que o maior perigo deste modelo é o encarceramento em massa. Em um país como o Brasil, com mais de 550 mil presos, quarto lugar no ranking dos países com maior população carcerária do mundo e que em vinte anos, entre 1992-2012, aumentou esta população em 380%, segundo dados do DEPEN, só tende a encarcerar mais e mais. Nos Estados Unidos, explica, o que ocorreu com a privatização deste setor foi um lobby fortíssimo pelo endurecimento das penas e uma repressão policial ainda mais ostensiva. Ou seja, começou a se prender mais e o tempo de permanência na prisão só aumentou. Hoje, as penitenciárias privadas nos EUA são um negócio bilionário que apenas no ano de 2005 movimentou quase 37 bilhões de dólares.
Nos documentos da PPP de Neves disponíveis no site do governo de Minas Gerais, fala-se inclusive no “retorno ao investidor”, afinal, são empresas que passaram a cuidar do preso e empresas buscam o lucro. Mas como se dá este retorno? Como se dá este lucro?

Um preso “custa” aproximadamente R$ 1.300,00 por mês, podendo variar até R$ 1.700,00, conforme o estado, numa penitenciária pública. Na PPP de Neves, o consórcio de empresas recebe do governo estadual R$ 2.700,00 reais por preso por mês e tem a concessão do presídio por 27 anos, prorrogáveis por 35. Hamilton Mitre, diretor de operações do Gestores Prisionais Associados (GPA), o consórcio de empresas que ganhou a licitação, explica que o pagamento do investimento inicial na construção do presídio se dá gradualmente, dissolvido ao longo dos anos no repasse do estado. E o lucro também. Mitre insiste que com o investimento de R$ 280 milhões – total gasto até agora – na construção do complexo, este “payback”, ou retorno financeiro, só vem depois de alguns anos de funcionamento ou “pleno vôo”, como gosta de dizer.

Especialistas, porém, afirmam que o lucro se dá sobretudo no corte de gastos nas unidades. José de Jesus Filho, assessor jurídico da Pastoral Carcerária, explica: “entraram as empresas ligadas às privatizações das estradas, porque elas são capazes de reduzir custos onde o Estado não reduzia. Então ela [a empresa] ganha por aí e ganha muito mais, pois além de reduzir custos, percebeu, no sistema prisional, uma possibilidade de transformar o preso em fonte de lucro”.

Para Shimizu, em um país como o Brasil, “que tem uma das mais altas cargas tributárias do mundo”, não faz sentido cortar os gastos da população que é “justamente a mais vulnerável e a que menos goza de serviços públicos”. No complexo de Neves, os presos têm 3 minutos para tomar banho e os que trabalham, 3 minutos e meio. Detentos denunciaram que a água de dentro das celas chega a ser cortada durante algumas horas do dia.

Outra crítica comum entre os entrevistados foi o fato de o próprio GPA oferecer assistência jurídica aos detentos. No marketing do complexo, essa é uma das bandeiras: “assistência médica, odontológica e jurídica”. Para Patrick, a função é constitucionalmente reservada à Defensoria, que presta assistência gratuita a pessoas que não podem pagar um advogado de confiança. “Diante de uma situação de tortura ou de violação de direitos, essa pessoa vai buscar um advogado contratado pela empresa A para demandar contra a empresa A. Evidentemente isso tudo está arquitetado de uma forma muito perversa”, alerta.

Segundo ele, interessa ao consórcio que, além de haver cada dia mais presos, os que já estão lá sejam mantidos por mais tempo. Uma das cláusulas do contrato da PPP de Neves estabelece como uma das “obrigações do poder público” a garantia “de demanda mínima de 90% da capacidade do complexo penal, durante o contrato”. Ou seja, durante os 27 anos do contrato pelo menos 90% das 3336 vagas devem estar sempre ocupadas. A lógica é a seguinte: se o país mudar muito em três décadas, parar de encarcerar e tiver cada dia menos presos, pessoas terão de ser presas para cumprir a cota estabelecida entre o Estado e seu parceiro privado. “Dentro de uma lógica da cidadania, você devia pensar sempre na possibilidade de se ter menos presos e o que acontece ali é exatamente o contrário”, afirma Robson Sávio.
Para ele, “na verdade não se está preocupado com o que vai acontecer depois, se está preocupado com a manutenção do sistema funcionando, e para ele funcionar tem que ter 90% de lotação, porque se não ele não dá lucro”.

O complexo de Neves é realmente diferente das penitenciárias públicas. É limpo, organizado e altamente automatizado, repleto de câmeras, portões que são abertos por torres de controle. Mas que tipo de preso vai pra lá? Hamilton Mitre, diretor do GPA, afirma que “não dá pra falar que o Estado coloca os presos ali de forma a privilegiar o projeto”.

No entanto, Murilo Andrade de Oliveira, subsecretário de Administração Penitenciária do Estado de Minas, diz exatamente o contrário: “nós estabelecemos inicialmente o critério de que [pode ir para a PPP] qualquer preso, podemos dizer assim, do regime fechado, salvo preso de facção criminosa – que a gente não encaminha pra cá – e preso que tem crimes contra os costumes, estupradores. No nosso entendimento este preso iria atrapalhar o projeto”.

Na visão dos outros entrevistados, a manipulação do perfil do preso pode ser uma maneira de camuflar os resultados da privatização dos presídios. “É muito fácil fazer destes presídios uma janela de visibilidade: ‘olha só como o presídio privado funciona’, claro que funciona, há todo um corte e uma seleção anterior”, diz Bruno Shimizu.

Robson Sávio explica que presos considerados de “maior periculosidade”, “pior comportamento” ou que não querem trabalhar ou estudar são mais difíceis de ressocializar, ou seja, exigiriam investimentos maiores nesse sentido. Na lógica do lucro, portanto, eles iriam mesmo atrapalhar o projeto.

Se há rebeliões, fugas ou qualquer manifestação do tipo, o consórcio é multado e perde parte do repasse de verba. Por isso principalmente o interesse em presos de “bom comportamento”. O subsecretário Murilo afirma ainda que os que não quiserem trabalhar nem estudar podem ser “devolvidos” às penitenciárias públicas: “o ideal seria ter 100% de presos trabalhando, esse é nosso entendimento. Agora, tem presos que realmente não querem estudar, não querem trabalhar, e se for o caso, posteriormente, a gente possa tirá-los (sic), colocar outros que queiram trabalhar e estudar porque a intenção nossa é ter essas 3336 vagas aqui preenchidas com pessoas que trabalhem e estudem”.

Hoje, na PPP de Ribeirão das Neves ainda não são todos os presos que trabalham e estudam e os que têm essa condição se sentem privilegiados em relação aos outros. A reportagem só pôde entrevistar presos no trabalho ou durante as aulas. Não foi permitido falar com outros presos, escolhidos aleatoriamente. Foram mostradas todas as instalações da unidade 2 do complexo, tais como enfermaria, oficinas de trabalho, biblioteca e salas de aula, mas não pudemos conversar com presos que não trabalham nem estudam e muito menos andar pelos pavilhões, chamados, no eufemismo do luxo de Neves, de “vivências”.

O Estado e o consórcio buscam empresas que se interessem com o trabalho do preso. As empresas do próprio consórcio não podem contratar o trabalho deles a não ser para cuidar das próprias instalações da unidade, como elétrica e limpeza. Então o lucro do consórcio não vem diretamente do trabalho dos presos, mas sim do repasse mensal do estado.

Mas a que empresa não interessaria o trabalho de um preso? As condições de trabalho não são regidas pela CLT, mas sim pela Lei de Execução Penal (LEP), de 1984. Se a Constituição Federal de 1988 diz que nenhum trabalhador pode ganhar menos de um salário mínimo, a LEP afirma que os presos podem ganhar ¾ de um salário mínimo, sem benefícios. Um preso sai até 54% mais barato do que um trabalhador não preso assalariado e com registro em carteira.

O professor Laurindo Minhoto explica: “o lucro que as empresas auferem com esta onda de privatização não vem tanto do trabalho prisional, ou seja, da exploração da mão de obra cativa, mas vem do fato de que os presos se tornaram uma espécie de consumidores cativos dos produtos vendidos pela indústria da segurança e da infraestrutura necessária à construção de complexos penitenciários”.

Helbert Pitorra, coordenador de atendimento do GPA – na prática, quem coordena o trabalho dos presos – orgulha-se que o complexo está virando um “polo de EPIs” (equipamentos de proteção individual), ou seja, um polo na fabricação de equipamentos de segurança. “Eles fabricam dentro da unidade prisional sirenes, alarmes, vários circuitos de segurança, (…) calçados de segurança como coturnos e botas de proteção (…), além de uniformes e artigos militares”.

O que é produzido ali dentro, em preços certamente mais competitivos no mercado alimenta a própria infraestrutura da unidade. A capa dos coletes à prova de balas que os funcionários do GPA usam é fabricada ali dentro mesmo, a módicos preços, realizados por um preso que custa menos da metade de um trabalhador comum a seu empregador.

Em abril de 2014, o governo de Minas Gerais foi condenado por terceirização ilícita no presídio de Neves. A Justiça do Trabalho confirmou a ação civil pública do Ministério Público do Trabalho e anulou várias das contratações feitas pelo GPA.

“Entre os postos de trabalho terceirizados estão atividades relacionadas com custódia, guarda, assistência material, jurídica e à saúde, uma afronta à Lei 11.078/04 que classifica como indelegável o poder de polícia e também a outros dispositivos legais. Além de ser uma medida extremamente onerosa para os cofres públicos, poderá dar azo a abusos sem precedentes”, disse o procurador que atuou no caso, Geraldo Emediato de Souza, ao portal mineiro Hoje em dia.

Como na maioria das penitenciárias, as visitas do Complexo passam por revista vexatória. A., esposa de um detento que preferiu não se identificar, entregou à reportagem uma carta dos presos e explicou como é feita a revista: “temos que tirar a roupa toda e fazer posição ginecológica, agachamos três vezes ou mais, de frente e de costas, temos que tapar a respiração e fazer força. Depois ainda sentamos num banco que detecta metais”. Na mesma carta entregue por A., os presos afirmam que os diretores do presídio já têm seus “beneficiados”, que sempre falam “bem da unidade” à imprensa, e são, invariavelmente, os que trabalham ou estudam.

Na carta, eles ainda afirmam que na unidade já há presos com penas vencidas que não foram soltos ainda. Fontes que também não quiseram se identificar insistem que o consórcio da PPP já “manda” na vara de execuções penais de Ribeirão das Neves.

osé de Jesus filho, da Pastoral Carcerária, não vê explicação para a privatização de presídios que não a “corrupção”. Tem seus motivos. Em maio de 2013, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) foram alvo de ações por corrupção e má utilização de recursos públicos. Na ação da CPTM foi citado o ex-diretor, Telmo Giolito Porto, hoje à frente do consórcio da PPP de Ribeirão das Neves, assim como a empresa Tejofran de Saneamento e Serviços Gerais LTDA., que faz parte do mesmo consórcio.

Nesse sentido, Robson Sávio alerta: “será que o Estado quando usa de tanta propaganda para falar de um modelo privado ele não se coloca na condição de sócio-interesseiro nos resultados e, portanto, se ele é sócio-interesseiro ele também pode maquiar dados e esconder resultados, já que tudo é dado e planilha? Esse sistema ainda tem muita coisa que precisa ser mais transparente e melhor explicada”.

O modelo mineiro de PPP já inspirou projetos semelhantes no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e no Distrito Federal. As licitações já aconteceram ou estão abertas e, em breve, as penitenciárias começarão a ser construídas. O governo de São Paulo e a Secretaria de Administração Penitenciária também pretendem lançar em breve um edital para a construção de um grande complexo no estado, com capacidade para 10.500 presos. O governador Geraldo Alckmin já fez consultas públicas e empresas já se mostraram interessadas no projeto.

No Ceará, uma decisão judicial obrigou à iniciativa privada devolver a gestão de penitenciárias para o governo do estado. No Paraná, o próprio governo decidiu retomar a administração de uma série de penitenciárias, após avaliar duas questões: a jurídica e a financeira.

No Brasil, país do “bandido bom é bandido morto”, da “bancada da bala” e onde presos não têm direitos simplesmente por estarem presos, a privatização também assusta do ponto de vista da garantia dos direitos humanos dos presos. “Será que num sistema que a sociedade nem quer saber e não está preocupada, como é o prisional, haverá fiscalização e transparência suficiente? Ou será que agora estamos criando a indústria do preso brasileiro?”, pergunta Sávio.

Para Minhoto, a partir do momento em que você enraíza um interesse econômico e lucrativo na gestão do sistema penitenciário, “o Estado cai numa armadilha de muitas vezes ter que abrir mão da melhor opção de política em troca da necessidade de garantir um retorno ao investimento que a iniciativa privada fez na área”, diz. Bruno Shimizu completa: “isso pode fazer com que a gente crie um monstro do qual a gente talvez não vá mais conseguir se livrar”.
“Para quem investe em determinado produto, no caso o produto humano, o preso, será interessante ter cada vez mais presos. Ou seja, segue-se a mesma lógica do encarceramento em massa. A mesma lógica que gerou o caos, que justificou a privatização dos presídios”, arremata Patrick.











http://operamundi.uol.com.br/conteud...+o+lucro.shtml
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  #1020  
Old Posted Jan 2, 2015, 4:02 PM
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pesquisadorbrazil pesquisadorbrazil is offline
LLAP
 
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Especialistas molóides. Se estão tirando os criminosos das ruas, melhor. Agora essa besteira de indultos dados a presos é sacanagem braba, nenhum país que tem sistema prisonal descente, não tem essas regalias.

Nem mesmo contato físico. O preso de um lado com um policial com uma arma mirada nele e do outro lado do vidro blindado a familia com outro policial monitorando.
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