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Aeroporto JK, só desconforto

Autor(es): ROSANA HESSEL
Correio Braziliense - 22/01/2014

A avaliação é do presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), ao comparar os três terminais concedidos em operação no país. Em relação aos não privatizados, o de Curitiba tem a melhor nota entre os usuários


São Paulo — O passageiro do aeroporto de Brasília é o que mais sofre com as obras de ampliação nos três primeiros terminais concedidos à iniciativa privada e que estão em operação. Essa é a avaliação de um usuário constante e que viaja bastante pelo país, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz.

“As obras em Brasília são muito complexas. Trata-se da construção de um aeroporto dentro de outro. O passageiro é mais afetado porque há mudanças constantes de locais e os tapumes são muito mais evidentes do que nos demais terminais”, afirmou o executivo ao comparar Brasília, Guarulhos (SP) e Viracopos (SP).

“Os novos terminais paulistas são mais afastados do dia a dia dos passageiros tradicionais. Em Guarulhos, por exemplo, o usuário só vê um tapume no final do corredor e, em Viracopos, ele não vê nada porque o novo prédio é bem distante do primeiro”, destacou Sanovicz, ao acrescentar que viaja sempre para a capital federal e sofre com os mesmos transtornos e o barulho intenso das obras que os usuários já estão cansados de passar.

“A obra é uma das mais complexas entre os aeroportos das cidades sedes, visto que ocorre simultaneamente à operação do aeroporto. Vale ressaltar que as obras visam melhorar a infraestrutura, o conforto e os serviços aos passageiros. A situação é temporária, e a Inframerica procura minimizar os eventuais transtornos. Ao fim das obras, teremos um novo e moderno aeroporto à disposição dos passageiros”, rebateu a direção do consórcio responsável pelo Aeroporto JK por meio de nota.

Ao fazer vistoria nos aeroportos nesta semana, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) constatou que, entre os aeroportos públicos, o de Cuiabá e o de Fortaleza são os que estão em situação mais crítica e com as obras mais atrasadas. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou que deverá construir terminais provisórios feitos de lona, os puxadinhos, naqueles dois terminais para tentar atender a demanda de passageiros durante a Copa.

Os executivos da Abear demonstraram insegurança com esses atrasos e o uso dos terminais de lona em Cuiabá e em Fortaleza. “Isso é bastante preocupante, tendo em vista a necessidade de espaço em pátio para estacionar as aeronaves. Se determinados locais não estiverem prontos, teremos problemas durante a Copa. O conforto dos passageiros ficará prejudicado em alguns momentos”, disse o diretor de Segurança e Operações de Voo da Abear, Ronaldo Jenkins.

Em contrapartida, o Aeroporto de Curitiba, ainda não privatizado, está com as obras de melhorias concluídas e foi o mais bem avaliado pelos passageiros com nota de 4,21 pontos conforme uma pesquisa da SAC junto dos 15 maiores terminais aéreos do país. A pior nota ficou com o aeroporto de Cuiabá, de 3,43 pontos.


Nova malha

O presidente da Abear informou que 93% dos pedidos feitos pelas companhias aéreas à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a nova malha de voos, durante o período de 6 de junho a 20 de julho deste ano, foram atendidos. “Estamos satisfeitos com o resultado e vamos fazer nova reunião de ajuste a fim de termos uma malha mais confiável para a Copa”, disse ele. Sanovicz acrescentou que a Abear proporá que o processo de debate sobre novas rotas e ajustes da malha passe a ser mais frequente.

O presidente da Abear evitou falar em aumento de frota para os 1.973 novos voos que serão operados durante o mundial. Ele revelou que as empresas anteciparam a manutenção da frota e calcula que isso ampliará em 8% a oferta atual, composta por 520 aviões. “Isso é uma estimativa que implicará aumento de 300 mil assentos, mas nada impede que uma ou outra empresa receba alguma aeronave.”

De acordo com o executivo, as companhias apostam na redução do fluxo de passageiros corporativos, que representam de 70% a 75% da demanda, durante a Copa em função dos feriados nos dias dos jogos como ocorreu nos mundiais da Alemanha e da África do Sul. “No Brasil não vai ser diferente. Esse passageiro será substituído pelo turista dos jogos”, acrescentou.

*A repórter viajou a convite da Abear

Investimentos
Os investimentos previstos em melhorias no Aeroporto de Brasília para a Copa somam R$ 900 milhões, sendo que R$ 2,8 bilhões serão gastos em 25 anos da concessão. Até o mundial, a concessionária do terminal de Guarulhos (SP) pretende gastar R$ 3 bilhões.Em 20 anos de concessão, aplicará R$ 6 bilhões. A operadora de Viracopos, até maio próximo, terá desembolsado R$ 2 bilhões e, em 30 anos, R$ 7,5 bilhões.

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