Após ano de perdas, Brasília vai retomar três voos internacionais
A crise financeira do país atingiu em cheio o terminal brasiliense em 2016, quando perdeu metade das rotas para o exterior. Mas outras três devem ser criadas até o fim deste ano, que já tem crescimento em número de passageiros e de lojas
O Aeroporto Internacional de Brasília não escapou da recessão. As maiores baixas aconteceram no ano passado. Ele perdeu voos e cerca de 2 milhões passageiros.em 2016. Mas a área comercial ficou inalterada. A quantidade de lojas e quiosques só aumentou. Passou de 80 para mais de 100. Duas salas vips foram instaladas nos mezaninos dos dois píeres. E a concessionária que administra o terminal garante a manutenção do cronograma de obras, em uma segunda expansão, além de negociar a volta de até três linhas internacionais no segundo semestre.
Brasília perdeu quatro voos diretos para o exterior no ano passado. Em fevereiro, a Delta deixou de operar a linha para Atlanta (EUA). Em abril, a Aerolineas Argentinas suspendeu o voo para Buenos Aires (Argentina). Na mesma época, a Air France abandonou o voo que ligava as capital do Brasil e da França. A última foi a TAM, que cancelou a operação para Orlando (EUA).
“Isso foi fruto direto da crise econômica brasileira, que atingiu toda a aviação. Mas o cenário está melhorando e devemos ter duas novas rotas internacionais até o fim deste ano”, diz o presidente da Inframerica, Daniel Ketchibachian, sem citar destinos, companhias e datas. O terminal brasiliense ainda opera cinco rotas estrangeiras. A TAP voa para Lisboa, a Copa viaja para a Cidade do Panamá, a TAM vai para Buenos Aires, a Gol leva à Punta Cana e a American Airlines faz a linha para Miami.
Apesar da perda de receitas, Ketchibachian diz que as obras de ampliação, anunciadas ano passado, devem começar até novembro e dura de 24 a 28 meses, ao custo de R$ 900 milhões. “Vamos começar pelo prédio que terá estacionamento coberto. Sabemos, por meio de pesquisas de opinião, que a distância e a falta de vagas cobertas são as principais queixas dos nossos usuários. Ao mesmo tempo, vamos construir o terminal para voos internacionais”, adianta o executivo.
Parque aquático
O novo terminal internacional, a ser batizado de Terminal JK, terá um shopping com 280 lojas, 30 opções de fast food e oito restaurantes de alto padrão, além de edifício garagem com 4 mil vagas.
Com a as obras, a Inframerica pretende transformar o aeroporto em um complexo turístico. Além de novo e mais amplo terminal para voos internacionais, o plano inclui a construção de cinco hotéis, incluindo o primeiro da rede Hard Rock Hotel do Brasil, no entorno do terminal. Outro empreendimento previsto terá parque aquático, aquário, cinema, outlet, centro de convenções, hospital e universidade. O projeto prevê ainda prédios de escritórios com capacidade para comportar 30 mil funcionários.
Padaria e fidelidade
Mesmo com a crise financeira, o terminal candango ganhou mais lojas no início deste ano. Entre as novidades, está a primeira padaria de um aeroporto brasileiro. Localizada no piso de desembarque, ela vende lanches, café, doces e pães frescos e os clientes podem acompanhar a produção das fornadas.
O aeroporto também inaugurou três lojas da franquia brasiliense Capital Steak House. Elas ficam nos mezaninos dos Píeres Norte e Sul e ao lado da Sala VIP doméstica. O espaço é totalmente estilizado e o passageiro pode esperar o voo apreciando a vista panorâmica para o pátio de aeronaves.
O Aeroporto de Brasília ainda criou o programa de fidelidade Win Club. A ideia é que os usuários, por meio de um cartão virtual baixado através do aplicativo do terminal, possam ter direito a descontos de até 20% nas lojas participantes. A maioria dos pontos comerciais do terminal já faz parte do programa.
http://www.correiobraziliense.com.br...acionais.shtml