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pesquisadorbrazil Oct 11, 2012 2:28 PM

Pesquisadores identificam áreas que sofrem poluição sonora em Brasília

Brasília já sofre com a contaminação acústica como nos grandes centros brasileiros. Em uma cidade, a fonte que produz mais ruído é o intenso tráfego de veículos nas principais vias. Com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pesquisadores da Universidade de Brasília e da Universidade Católica de Brasília, coordenados pelo professor Armando Maroja (UnB), mapearam os ruídos de áreas próximas as vias com grande tráfego de veículos no bairro Asa Sul, utilizando na contagem de veículos os dados dos controladores eletrônicos de velocidade, conhecidos como "pardais".

Além disso, os pesquisadores aproveitaram para fazer a simulação do impacto do funcionamento do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), previsto para ser implantado em Brasília nos próximos anos.

O projeto de pesquisa permitiu fazer avaliação acústica de três áreas da Asa Sul, identificando os níveis de pressão sonora nas vizinhanças da avenida W3, da L2 Sul e dos eixos rodoviários Leste e Oeste, confeccionando mapas que mostram a distribuição do ruído na cidade.


Ruídos acima dos limites

Em razão da configuração espacial de Brasília, o projeto arquitetônico de Lúcio Costa para a construção da nova capital já foi pensado para evitar problemas de contaminação ambiental acústica da região interna das quadras, mas o aumento de veículos leves e pesados nas vias já está causando contaminação ambiental significativa nos prédios às margens das vias principais da cidade e mesmo em prédios internos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica o ruído como uma das formas de contaminação ambiental. Reações fisiológicas correlacionadas com níveis de ruído ambiente são toleráveis até 65dB. A partir de 70dB os problemas de saúde podem se agravar se a exposição for contínua, dependendo também da pré-disposição de cada indivíduo.

O estudo apontou que as regiões com maior índice de poluição sonora estão próximas às vias W3 e eixos Oeste e Leste da Asa Sul, principalmente nos horários de picos no início de manhã e da noite. Já a L2 Sul, não ultrapassa os índices que geram problemas aos moradores, profissionais e usuários da área.

"Os prédios comerciais e residenciais localizados às margens da W3 Sul, por estarem próximos da via, sofrem um impacto de até 80 decibéis pelo grande fluxo de ônibus, o que é acima do permitido pela legislação para a região. Ao longo do tempo, a exposição pode causar problemas de saúde, como fadiga, perturbações do sono, doenças cardiovasculares, perdas auditivas, estresse, distúrbios digestivos, falta de concentração etc.", afirma o pesquisador e professor da UnB, Armando Maroja.


Inovação

Uma das dificuldades que pesquisadores encontram para fazer o mapeamento de ruídos em uma cidade é a necessidade de fazer a medida durante 24 horas, o que requer uma equipe de trabalho numerosa para realizar a contagem manual e o custo é altíssimo. Nesta pesquisa, os pesquisadores da UnB e UCB utilizaram os dados do fluxo de registros dos contadores eletrônicos de veículos, os "pardais", fornecidos pelo Departamento de Trânsito (Detran) e Departamento de Estradas e Rodagem (DER) do Distrito Federal para identificar a quantidade de veículos/hora, classificá-los em leves ¿ motos e automóveis - ou pesados ¿ caminhões e ônibus.

Foram também realizadas medidas do ruído ambiental nas vizinhanças das vias, utilizando medidores de nível de pressão sonora, com o objetivo de validação dos mapas de ruído. "Isto é novo, pois validamos os mapas de ruído com dados fornecidos pelas instituições de fiscalização de trânsito no mesmo dia em que era realizada a medida do nível sonoro, permitindo um mapa mais preciso", disse o professor Armando Maroja.


Impacto VLT

Outro resultado alcançado pelos pesquisadores foi a simulação inicial do impacto sonoro do funcionamento do Veículo Leve sobre Trilho na W-3 Sul, que está previsto para passar no canteiro central da via.

"A redução do tráfego de veículos automotores com a implantação do sistema VLT de Brasília é estimada em 30%. Além de mais espaço para os pedestres, estes trens têm baixo impacto ambiental relativo à poluição já que são veículos elétricos. São adaptáveis a qualquer região. A emissão sonora de um VLT é comparável a de 11 carros, mas tem capacidade de transporte de centenas de pessoas", afirma Armando Maroja.

Os resultados da simulação mostram claramente que a implantação do VLT, desde que acompanhada da redução do tráfego de veículos, vai reduzir os Níveis de Pressão Sonora (NPS) na região em alguns decibeis.

Quem mora próxima a avenida vai continuar a receber níveis de pressão sonora muito acima do recomendado, mas existe a perspectiva a médio prazo de manutenção e mesmo pequena redução dos níveis de pressão sonora na região, de acordo com o coordenador da pesquisa.

O mapeamento e os resultados alcançados na pesquisa serão apresentados no Congresso PLURIS 2012, evento que conta com a participação de pesquisadores brasileiros e portugueses, a ser realizado nesta semana, na Câmara Legislativa do DF, onde estão sendo discutidos aspectos do planejamento urbano e regional, do ambiente construído e da qualidade de vida, da mobilidade e dos transportes.

Assessoria de Comunicação Social
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Tel.: 61 3211-9299 e 3211-9414

Fonte: http://www.cnpq.br/web/guest/noticia...O/10157/577433

pesquisadorbrazil Oct 11, 2012 8:33 PM

Eu acho interessante esse estudo, pois mesmo com cobertura vegetal (árvores) na região, não garante nem isolamento acústico e muito mesmo reduz a poluição. Então a belissima avenida, de bela não tem nada.

Arvores Zumbis dominam a avenida, estão lá apenas por efeite. Pois adianta manter as árvores, sem retirar os carros?

Jota Oct 11, 2012 8:46 PM

Eu não sei quem foi que espalhou que arvores geram algum tipo de isolamento acustico. A não se que seja uma faixa larga de floresta densa. Arvores possuem pouca densidade para formarem qualquer tipo de barreira ou isolamento acustico.

As arvores garantem uma melhor qualidade termica (pela sombra) e visual, por isso deveriam permanecer.

MAMUTE Oct 13, 2012 4:53 PM

Brasil pode ganhar 21 linhas de trens de passageiro



Atualmente, apenas duas linhas de passageiros funcionam no país: uma liga Belo Horizonte (MG) a Vitória (ES) e outra, São Luís (MA) a Carajás (PA)



http://exame0.abrilm.com.br/assets/i...jpg?1326206907
Em São Paulo, o governo estadual realiza estudos para três ramais - ligando a capital a Jundiaí, Santos e Sorocaba


Depois de quatro décadas de abandono, os trens regionais voltaram à pauta dos governos estaduais e federal. Atualmente, está em estudo pelo poder público a construção de 21 ramais ferroviários para passageiros. Caso todos os projetos planejados no Brasil saiam do papel no prazo previsto, o País pode ganhar 3.334 km de trilhos para transporte em 14 Estados até 2020.

O número é mais que o dobro do que existe hoje em operação. Apenas duas linhas de passageiros funcionam atualmente no País: uma liga Belo Horizonte (MG) a Vitória (ES) e outra, São Luís (MA) a Carajás (PA) - ambas são operadas pela Vale. O atual cenário contrasta com o que era esse mercado há meio século: na década de 1960, cerca de 100 milhões de passageiros eram transportados em trens interurbanos anualmente. Hoje, esse número é de cerca de 1,5 milhão de pessoas por ano.

Para Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), o ressurgimento de projetos de trilhos pelo País é reflexo do recente aumento da preocupação com a mobilidade. "O transporte ferroviário de passageiros é normalmente rápido, seguro, confortável e não poluente. Trens de velocidade média, entre 100 e 150 km/h, são uma alternativa para a mobilidade entre as cidades, que hoje está um desastre."

Entre os projetos mais avançados estão a ligação entre Brasília e Goiânia, passando por Anápolis, e cerca de 500 km de trilhos em Minas que fariam a conexão entre Belo Horizonte e cidades como Sete Lagoas, Ouro Preto e Brumadinho. O primeiro, orçado em R$ 800 milhões, está prometido para 2017 e deve vencer todo o trajeto em cerca de uma hora. Já o segundo está divido em três trechos e deve ser feito por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) que já tem 18 interessados em preparar estudos de viabilidade. A expectativa é de que as obras comecem em 2014.

Em São Paulo, o governo estadual realiza estudos para três ramais - ligando a capital a Jundiaí, Santos e Sorocaba. Além disso, o Trem de Alta Velocidade (TAV), previsto pelo governo federal para ficar pronto em 2020, vai cortar grandes cidades do Estado, como Campinas, São Paulo e São José dos Campos, no caminho até o Rio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.





http://exame.abril.com.br/brasil/not...-de-passageiro

MAMUTE Oct 13, 2012 4:57 PM

:previous:Será que esses trilhos um dia sairão do papel? Alguém sabe como será o trajeto desse Trem? vai passar por Luziânia ou outro caminho?

pesquisadorbrazil Oct 13, 2012 8:03 PM

Quote:

Originally Posted by MAMUTE (Post 5865594)
:previous:Será que esses trilhos um dia sairão do papel? Alguém sabe como será o trajeto desse Trem? vai passar por Luziânia ou outro caminho?

O trem de Brasília para Goiânia passando por Anápolis, vai passar beirando a BR060. Inclusive eu postei aqui a imagem do traçado dentro do DF.:tup:

HLbsb Oct 13, 2012 11:19 PM

:previous:
:previous:

O estudo foi contratado pelo governo federal a menos de um mês. Tudo o que sabemos é que vai ser margeando a BR-060.

O trêm para Luziânia é outro papo. Será um trêm metropolitano...

M.K. Oct 14, 2012 7:24 PM

Quote:

Atualmente, apenas duas linhas de passageiros funcionam no país: uma liga Belo Horizonte (MG) a Vitória (ES) e outra, São Luís (MA) a Carajás (PA)
Um exagero também reduzir tudo que é trem de subúrbio e metrô a dizer que só tem 2 linhas de trem de passageiros. Tem mais, bem mais, mas é claro, regrediu com o tempo. Os ônibus acabam suprindo bem a demanda. Se me recordo, proporcionalmente as linhas de trens de passageiros nos EUA também é pequena comparado às linhas de carga. Fato comum nas Américas predominar o desbalanco com transporte de ônibus terrestre.

pesquisadorbrazil Oct 15, 2012 5:19 PM

Quote:

Originally Posted by M.K. (Post 5866518)
Um exagero também reduzir tudo que é trem de subúrbio e metrô a dizer que só tem 2 linhas de trem de passageiros. Tem mais, bem mais, mas é claro, regrediu com o tempo. Os ônibus acabam suprindo bem a demanda. Se me recordo, proporcionalmente as linhas de trens de passageiros nos EUA também é pequena comparado às linhas de carga. Fato comum nas Américas predominar o desbalanco com transporte de ônibus terrestre.

De forma alguma, o estudo aponta a ligação entre 2 estados e não apenas trens de metropolitanos:tup:.

pesquisadorbrazil Oct 26, 2012 8:51 PM

Trem Brasília-Goiânia atrai 41 propostas para estudo de viabilidade

Por André Borges | Valor

BRASÍLIA - A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que recebeu documentação de 41 consórcios interessados na realização de estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA) para implantação do trem de carga e de passageiros entre as cidades de Brasília, Anápolis e Goiânia.

Entre os grupos que manifestaram interesse em realizar o estudo estão 23 consórcios liderados por empresas brasileiras e 18 liderados por empresas estrangeiras, informou a agência.

Entre esses interessados serão selecionados seis consórcios para os quais será solicitada a apresentação de proposta técnica e de preço para a realização do estudo. Uma proposta será selecionada. A assinatura do contrato com o consórcio vencedor está prevista para março do ano que vem, quando terão início os levantamentos técnicos.

Fonte: http://www.valor.com.br/brasil/28808...#ixzz2ARcJ1yts

Jota Oct 27, 2012 2:25 PM

edit

oengenheiro Oct 27, 2012 6:08 PM

Gdf abandona de vez as linhas 2 e 3 do metrÔ
 
GDF ABANDONA DE VEZ AS LINHAS 2 E 3 DO METRÔ
CHICO SANT´ANNA
23 DE OUTUBRO DE 2012 ÀS 18:52
Modelo prevê três mil novos ônibus rodando, todos com a superada tecnologia de motor a diesel
Muito tem se dito sobre o projeto de transporte coletivo para Brasília. Uma hora tem metrô, noutra não tem. O Veículo Leve sobre Trilhos – VLT vai e volta nos planos oficiais, o Veículo Leve sobre Pneus – VLP desapareceu. Em seu lugar apareceu o BRT que agora foi batizado de Expresso DF. Para passar a limpo, para ver o que de fato deve ser feito no Distrito Federal fui beber direto na fonte. Duas horas de conversa com o secretário de Transportes do DF, José Walter Vasquez.

De cara, José Walter transmitiu uma notícia, a meu ver, bastante negativa. As linhas 2 e 3 do Metrô estão fora dos planos do Governo do Distrito Federal. Se depender da administração Agnelo Queiroz, a linha 2, denominada Inter-satélites – que interligaria Ceilândia, Samambaia, Taguatinga Norte, Recanto das Emas, Riacho Fundo 2, Gama e Santa Maria com interligação com a linha 1 no Setor O de Ceilândia e em Taguatinga, nas estações Praça do Relógio e Taguatinga Sul, permitindo que todos os moradores pudessem usufruir da comodidade de um transporte confortável, seguro e confiável – foi sepultada. Os brasilienses, potenciais usuários destes trajetos, vão ter que se contentar mesmo é com o velho e conhecido ônibus.

A outra linha abandonada, a de número 3, partiria de uma estação comum à linha 2, na altura do Balão do Periquito, na confluência de Gama, Recanto das Emas e Riacho Fundo II. Ela atenderia parte do Park Way, Núcleo Bandeirantes, Candangolândia, Octogonal, SIA, Sudoeste, Cruzeiro, teria uma integração na Estação Shopping da Linha 1 e, na altura da antiga rodoferroviária, desceria, pelo Eixo Monumental, até a Praça dos 3 Poderes.

Leia também:

Adeus VLT! Agnelo sucumbe ao lobby dos ônibus
Lobby tenta impor tecnologia atrasada de ônibus sobre trens, metrôs e VLTs.
No governo Agnelo, somente a Linha 1, já existente, ganhará obras de ampliação. De um lado, se prolongada até o Setor Comercial Norte. Na outra extremidade, tanto na perna de Samambaia, quanto na da Ceilândia onde faltam, em cada via, duas estações. A expansão dessas duas linhas está prevista na verba do PAC da Mobilidade a ser custeado pelo governo federal.

Entretanto, o GDF está se propondo a alongar, antes mesmo de concluir o que estava previsto no trecho já em operação. Projetada nos anos90, aLinha 1 previa no trecho já construído cinco outras estações que foram parcialmente executadas nas administrações anteriores. No Plano Piloto, ainda precisam ser finalizadas três estações: a da 104 Sul, a do Cine Brasília, na 106 Sul, e do antigo cine Karim, na 110 Sul. No percurso até Taguatinga também foram abandonadas as estações “Estrada Parque”, em Águas Claras, próximo à faculdade Processus, e a Oynoyama, no parque homônimo. Mas a conclusão destas estações que poderiam trazer mais conforto aos usuários do metrô não está nos planos de Agnelo.

Também ficará para um futuro governo levar o metrô até o final da Asa Norte com mais sete estações. Nos sonhos de consumo do secretário dos Transportes, esta linha do metrô subiria rumo a Sobradinho, até o Balão do Torto. Estudos foram encomendados à Universidade de Brasília para avaliar a viabilidade técnica de se vencer o aclive existente entre a ponte do Bragueto e o Torto. Uma hipótese seria uma linha em zig-zag, o que poderia beneficiar os moradores do início do Lago Norte e também do Varjão.

Este prolongamento do metrô, contudo, é um sonho e nem no papel ele está. Na verdade, mais plausível, é a opção de se criar um corredor expresso de ônibus para interligar as regiões de Sobradinho e Planaltina à Asa Norte.

Como a área destinada à integração dos serviços de transportes no final da W.3 Norte foi vendida a um grande supermercado de origem francesa, uma estação de integração deverá existir ou nas proximidades do Bragueto ou do Balão do Torto, onde está prevista a Cidade Digital.

Para tanto, já se estuda a ampliação da Ponte do Bragueto, capacitando-a a ganhar as faixas de ônibus expresso e, eventualmente, de metrô ou VLT, dependendo da opção tecnológica a ser adotada, em ambos os sentidos.

VLT

A novela do VLT, uma espécie de bonde moderno, ganhou mais um capítulo. Depois de ser enterrado e de o Brasil ter, inclusive comunicado à FIFA, que esta obra não mais faria parte dos compromissos da cidade sede, o VLT ressuscitou. Como estão garantidos pelo governo federal os recursos para a sua execução e a fundo perdido – ou seja, o GDF não precisa pagar de volta – deve ser construída a linha ligando o Aeroporto à Estação de Integração ônibus/metrô, no Setor Policial Sul. A obra está orçada em cerca de R$ 260 milhões, dos quais o GDF teria que entrar com uma contrapartida de apenas R$ 15 milhões.

A licitação, no entanto, só deve ser lançada no ano que vem. A obra não visa mais a Copa do Mundo. A meta seria entregar este corredor de VLT em 2015. O edital de licitação deverá prever a suspensão dos trabalhos nos períodos dos jogos de futebol, pois o GDF não quer canteiro de obra nas fotos os turistas que aqui virão.

Com isso, a chegada dos turistas que chegarem de avião dar-se-á mesmo é de ônibus, por meio de um corredor expresso até o Setor Policial Sul. Resultado: a Estrada Parque Aeroporto, aquela que vai do Balão do Aeroporto – Bambolê da Dona Sarah, como diziam os pioneiros – ao viaduto do Zoológico, vai ter uma largura semelhante ao do Eixão. O asfalto vai invadir as laterais da via hoje existente para dar espaço, de cada lado, ao serviço de ônibus BRT, ou expresso DF, como passou a ser batizado por Agnelo. Estas faixas serão destinadas também aos ônibus e delegações que virão às duas Copas. Outra faixa será utilizada pelo VLT e duas outras para carros.

O governo federal repassou R$ 100 milhões para as mudanças viárias. A viabilização dessa obra obrigará a Petrobrás a fazer uma proteção especial em concreto – envelopar, segundo o termo técnico – ao duto que leva querosene de aviação e que está hoje enterrado às margens da EPAr. Também implicará numa autorização especial das autoridades de meio-ambiente, pois desde os tempos do governador Arruda, os trabalhos de ampliação lateral estão proibidos, pois ali é uma área de proteção ambiental.

O trajeto do VLT não está nem detalhado. Ainda não se sabe se na área do Aeroporto ele passará pela via já existente, ou se por detrás das concessionárias. Tudo depende do remanejamento do posto de combustível e do estacionamento dos taxistas que operam por ali. De lá, irá até a Estação de Integração no Setor Policia Sul, sem paradas. Por nossa sugestão, a secretaria vai estudar a possibilidade técnica de existir uma parada na porta do Jardim Zoológico, até para garantir demanda de passageiros nos fins de semana e feriados.

No governo Agnelo, só este trecho do VLT deverá ser executado. A ampliação até o fim da W.3 Norte ficará para um futuro ainda não definido. Entretanto, a secretaria estuda duas outras linhas. Uma circular no Eixo Monumental que teria dois percursos: o longo, circulando num anel que iria da Praça dos Três Poderes à Rodoferroviária, e um curto, contornando na Altura do Memorial JK. A segunda linha sairia do Setor de Indústria e Abastecimento, passaria pelo Octogonal, Sudoeste, Praça do Buriti, Setor Noroeste e terminando o circuito na Estação de Integração da Asa Norte, onde metrô, VLT e ônibus se encontrariam, segundo os projetos.

Apesar da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste – Sudeco estar realizando estudos de viabilidade técnica da transformação da linha do trem Bandeirante em trem regional, pelo menos de Luziânia até Brasília, José Walter Vasquez não é um grande entusiasta da idéia. Alega que a linha não tem trajeto adequado e que demandará uma arquitetura de transporte intermodal muito grande. São ônibus municipais, intermunicipais e interestaduais, que implicam em muita negociação com os prefeitos das cidades do Entorno por onde o trem passaria, além do próprio governo de Goiás. Desta forma, a aposta da administração Agnelo, segundo seu secretário de Transportes, é mesmo o uso de ônibus comuns e articulados. Serão três mil ônibus novos, explica José Walter Vasquez. Vale lembrar que uma composição de metrô equivale a, aproximadamente, dez ônibus. Mesmo assim, o GDF preferiu abrir mão do transporte sobre trilhos.

A licitação de escolha das empresas que irão operar as rotas – organizadas sob a forma de bacias – está em banho-maria. Uma liminar obtida pelo grupo Canhedo, da Viplan, não deixa dar continuidade a escolha dos empresários que irão atuar no sistema. O grupo Canhedo, com empresas laranja, foi afastado administrativamente do processo licitatório, mas conseguiu uma decisão temporariamente favorável a seus interesses. Caberá à Justiça decidir se ele tem idoneidade para continuar prestar o serviço de transporte na Capital Federal. O brasiliense corre o risco também de continuar a conviver com empresas de propriedade do ex-senador Waldir Amaral, da Viva Brasília, e de Nenê Constantino – que responde processos por homicídio –, patriarca do Grupo Áurea, uma holding de 38 empresas de transporte terrestre, cobrindo sete Estados brasileiros e o Distrito Federal, além da Gol e da Webjet.

Os novos ônibus deverão usar o novo óleo diesel produzido pela Petrobrás que é menos poluente, mas que, comparado com os padrões europeus, continuam muito agressivos ao meio-ambiente.

Questionado por que o GDF não exigiu uma nova fonte energética para este transporte, tais como gás natural e energia elétrica, José Walter diz que reconhece que o óleo diesel é uma tecnologia obsoleta e que em 20 anos já não mais deverá existir. Salientou, contudo que, na visão dele, não haveria garantia de abastecimento de gás natural no DF para os ônibus e que não há, salvo na China, experiências demonstrando a eficácia do uso massivo de ônibus elétrico.

Atualmente, o Distrito Federal é abastecido de gás veicular transportado por meio de caminhões tanques, mas já foi elaborado um estudo de interligação do gasoduto que vai da Bolívia a São Paulo, com903 quilômetrosde extensão, passando pelo Triângulo Mineiro, Anápolis (GO) e Goiânia. O gasoduto terá capacidade de transporte de 5,57 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Além de ser mais barato do que o óleo diesel, o gás natural é menos poluente, mesmo assim, nem a título experimental, o GDF previu o uso deste combustível. Ao ser indagado pelo sistema inglês de ônibus elétricos do tipo trólebus implantado para as Olimpíadas de Londres, o secretário desconversa e diz que sete anos após a assinatura do contrato com as empresas concessionárias, o GDF poderá exigir tecnologias diferentes, se assim julgar necessário.

TCB de fora

A companhia de Transportes Coletivos de Brasília, TCB, não irá atuar em nenhum das novas linhas, nem mesmo como empresa espelho, forçando as empresas privadas a proverem serviço de qualidade. A presença dela na licitação, que poderia ser um mecanismo para reduzir custos ou evitar o famoso “combinemos” entre as empresas interessadas não acontecerá.

Embora ainda exista formalmente, o GDF de Agnelo não quer uma empresa estatal atuando efetivamente na capital federal. Para Vasquez, a TCB teria que contratar pelo menos dois mil novos profissionais e a gestão de recursos humanos, bem como de manutenção da frota, por meio de uma empresa estatal é muito complicada.

À TCB caberia atuar como empresa laboratório, experimentando novas rotas, novas tecnologias e novos combustíveis. Serviços pouco rentáveis e, por isso mesmo, rejeitados pelas empresas privadas. Elas não aceitam ser cobaia de laboratório. Eventualmente, a TCB poderia vir a atuar em algumas linhas de transporte executivo, como a já existente Aeroporto- Setor Hoteleiro Sul – e que ainda não é lucrativa – como, por exemplo, a ligação Águas Claras-Plano Piloto e absorvendo os serviços de transporte escolar, hoje privatizados. Como empresa pública, a TCB pode receber recursos que o Ministério da Educação tem distribuído para compra de ônibus escolares.

Obras físicas e shopping

No dia 16/10, a Câmara Legislativa do DF aprovou a lei que autoriza a contratação pelo GDF de empréstimo de R$ 1,08 bilhão junto à Caixa Econômica Federal. Esses recursos são provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC- 2. O valor representa pouco mais da metade dos R$ 2 bilhões previstos para investimentos no Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU).

Do total a ser contraído no empréstimo, segundo matéria do Correio Braziliense, R$ 561 milhões serão utilizados no que agora está sendo chamado de Expresso DF, que interligará Gama, Santa Maria, Park Way e o Plano Piloto. Segundo o secretário de Transportes, José Walter Vasquez, do Gama e Santa Maria até o início da Asa Sul as obras consumiriam R$ 533,619 milhões.

Para prosseguir até o final da Asa Norte, passando pela Rodoviária a conta subiria para R$ 785,330 milhões. Nestes custos, estaria a construção de uma via exclusiva de ônibus entre o viaduto do Jardim Zoológico e o Eixo, chegando até a Rodoviária. Também prevê a construção de um centro comercial que funcionária como estação de integração nas proximidades da Floricultura do Núcleo Bandeirante. Ali o passageiro poderia optar entre seguir para o Plano Piloto via Epia ou via Aeroporto.

O centro comercial com uma área estimada de cinco mil metros quadrados é assunto polêmico entre os moradores do Park Way. Os moradores, principalmente os que moram na Quadra 14 daquele bairro, são contrários à idéia de um centro comercial nas imediações. Acreditam que não há estrutura viária para atrair um fluxo de carros maior e que uma estação/centro comercial desta natureza iria contribuir para ampliar a insegurança no Park Way. José Walter afirma que se a pressão dos moradores vier a atrasar as obras do pistão de ônibus, ela será descartada.

Outros R$ 517 milhões deverão ser aplicados nas obras do Projeto Eixo Oeste, em intervenções nas avenidas Hélio Prates, Comercial, Samdu, no túnel central, em Taguatinga, no condomínio Sol Nascente e em Ceilândia. Este túnel, que permitiria a travessia do centro da cidade, desde a saída do Trevo do Pistão Sul até as imediações do Estádio Serejão é outra obra polêmica.

Para muitos técnicos, este túnel consumirá milhões em recursos públicos e será apenas mais uma obra faraônica e desnecessária. Para os analistas, ele só iria jogar o engarrafamento para uns dois quilômetros à frente, tumultuando as já tumultuadas imediações do Estádio, próximo às QNLs e a via de ligação Taguatinga-Samambaia. O Projeto prevê ainda obras nas estradas parques Indústrias Gráficas (Epig) e Setor Policial Militar (Espm), que geram aproximadamente 50% da demanda por transporte público no DF.

Bilhete Único

Enquanto nas eleições municipais de São Paulo já se discutiu o bilhete mensal de ônibus,aqui em Brasília, ainda não vai ser desta vez que o brasiliense terá direito a usar o bilhete único. Esta modalidade de tarifação, utilizada em cidades como Goiânia, cobra um único valor independentemente do número de ônibus e metrô que o passageiro vier a ser obrigado a pegar para chegar a seu destino.

Segundo José Walter, o bilhete será integrado. Em outras palavras, o passageiro pagará pelo maior valor de passagem dos ônibus que vier a pegar num mesmo trajeto. Exemplificando: se um morador do Gama subir num ônibus circular local com destino a linha do BRT para o Plano Piloto, ele passará o seu cartão e terá debitado o valor da passagem do primeiro trajeto. Ao mudar para o BRT, terá que passar novamente o cartão e, como este trajeto é mais caro, lhe será debitada a diferença entre o primeiro e o segundo valor. Se ao chegar ao Plano Piloto, o passageiro que saiu do Gama precisar ir até Sobradinho, ele passará novamente o cartão magnético, mas não lhe será nada debitado, segundo garantiu o secretario de Transportes.

A diferença entre bilhete único e bilhete integrado é que no primeiro, o valor é um só, independentemente do valor do trajeto viajado.

A licitação das empresas que irão operar estes ônibus terá como referência o valor máximo da remuneração que os empresários receberão. Eles receberão por passageiro transportado e não por quilômetro rodado. A segunda metodologia permite que uma linha bastante rentável subsidie outra mais fraca, ou mesmo os custos em se manter benefícios a estudantes e idosos. Mas o GDF optou por pagar em passageiro transportado sob a alegação de que assim os ônibus não boicotarão passageiros nas paradas.

Na concorrência, o valor de referência a ser pago aos empresários é fixado inicialmente em R$ 2,80 por passageiro transportado. Neste valor, as empresas já teriam uma lucratividade de 12%. Ganhará a empresa pré-qualificada que propuser o menor valor abaixo deste teto. O valor final ao passageiro ainda não é conhecido, mas dificilmente irá ser menor do que o hoje cobrado.

As obras do BRT do Gama estão com a conclusão previstas para o segundo semestre do ano que vem, portanto depois da realização da Copa das Confederações. A entrada em funcionamento dos ônibus neste trecho e na Estrada Parque Taguatinga, que no governo Arruda foram chamadas Linhas Verdes e Amarela, é apontada para junho de 2013, isso se não houver mais imprevistos na licitação das empresas concessionárias.

MAMUTE Oct 27, 2012 7:38 PM

:previous:Por acaso é esse projeto aqui:
http://chicosantanna.files.wordpress...-de-linhas.jpg

mas esse projeto das linhas 2 e 3 já não tinha sido enterrado com 7 pás de terra?

Jota Oct 28, 2012 7:42 PM

:previous:
Não diria enterradas, foram simplesmente deixadas pra lá a muito tempo. Ai vem esse texto desencavar um negocio de 20 anos atras....E misturar alhos com bugalhos..:koko:

MAMUTE Oct 31, 2012 7:13 PM

Deputados distritais aprovam projeto que destina terreno de Águas Claras para o Metrô-DF



Área de cerca de 30 mil metros quadrados fica na Avenida Araucárias



Os deputados distritais aprovaram, na noite desta terça-feira (30), o PL 1089/2012, que permite a incorporação, pela Companhia do Metropolitano de Brasília, de um terreno de cerca de 30 mil m², na Avenida das Araucárias, em Águas Claras. O texto segue, agora, à sanção do governador Agnelo Queiroz.

No imóvel, que será doado pela Terracap (Companhia Imobiliária de Brasília), está localizada a Estação Estrada Parque. A intenção do governo é melhorar os serviços oferecidos à comunidade e aumentar a receita da empresa pública, que pretender utilizar o espaço para a locação comercial.

Para o relator do projeto, deputado Wasny de Roure (PT), o proposta faz parte de um conjunto de ações governamentais para reestruturar o Metrô e fortalecer o transporte público do DF.

Divulgação/Câmara Legislativa do DF
http://i1.r7.com/data/files/2C95/948...ge_gallery.jpg
Populares foram à galeria da Casa pedir a regularização fundiária de clubes do DF

— É um terreno numa região valorizada e será uma nova fonte de recursos financeiros para o Metrô.








http://noticias.r7.com/distrito-fede...-20121031.html

MAMUTE Nov 14, 2012 1:01 AM

Operação do metrô com novo sistema pode começar em dezembro



No último domingo, o Metrô-DF suspendeu o atendimento à população para testar o novo sistema de operação, o Automatic Train Operation (ATO). Segundo a equipe técnica, os testes apresentaram resultados positivos e os requisitos de segurança foram atendidos. Com a avaliação, foi confirmada a expectativa de iniciar, a partir do próximo mês, a operação com o ATO, em modo experimental, mas somente nos ramais de Ceilândia e Samambaia nos horários das 9h30 às 16h30, e aos domingos.

Os testes foram realizados sem interrupções entre as estações Ceilândia, Samambaia e Feira do Guará. Dez trens foram colocados em operação com o novo sistema.

A implantação do ATO deve dar mais precisão à condução dos trens e os pilotos passarão a ter uma função de supervisão, atuando em situações estratégicas. Segundo o Metrô-DF, o novo sistema também possibilitará prever com precisão os intervalos entre os trens. Ele ainda proporciona o alinhamento automático dos trens nas plataformas de embarque, com a abertura e fechamento automático das portas. Tudo será controlado pelo Centro de Controle Operacional (CCO), que tem uma visão geral de todo o sistema.

O objetivo é reduzir o tempo de viagem com economia de 5% de energia, apresentando mais eficiência na condução dos trens.

Mais um teste será realizado em toda a via, em outro domingo, mas ainda vai ser definido pela Companhia.




















http://www.correiobraziliense.com.br...dezembro.shtml

MAMUTE Dec 26, 2012 3:44 PM

Edital de estudo do VLT entre Brasília e Luziânia deve ser publicado amanhã



Está marcada para amanhã a publicação, no Diário Oficial da União, do edital de contratação de uma empresa para fazer o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) de implantação da ligação ferroviária — por meio de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) — entre Brasília e Luziânia. O projeto está sob responsabilidade da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). A intenção é adaptar os trilhos já existentes, hoje utilizado apenas para cargas, ao transporte de passageiros, fazendo assim a ligação da Rodoferroviária ao centro da cidade do Entorno sul.

Foto: Carlos Silva
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O atual contrato de utilização do sistema permite o uso misto dos trilhos, ou seja, de carga e pessoas: as obras devem começar ainda em 2013

O lançamento da concorrência é o primeiro passo efetivo desde a assinatura de um acordo, em 15 de dezembro do ano passado, entre os ministério dos Transportes, da Integração Nacional, o Governo do Distrito Federal, o governo de Goiás, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Sudeco. À época, a expectativa era de que o EVTEA fosse contratado em poucos meses, mas o prazo acabou se estendendo mais do que o programado. “O certo é que estamos dando andamento ao projeto. Não voltaremos atrás”, garante o diretor-superintendente da Sudeco, Marcelo Dourado.

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http://www.correiobraziliense.com.br...o-amanha.shtml

pesquisadorbrazil Dec 26, 2012 3:47 PM

Quero ver sair do papel, e pior, a operação, a UNB colocou a mão no projeto, então estragou o mesmo, pois, querem apenas aproveitar os trilhos simplesmente e construir estações. Os moradores do entorno não vão deixar seus carros, pois, no dia que um trem quebrar no meio do nada, numa via única, o povo vai lascar fogo no trem sem dó.

Agora se o projeto fosse TOTALMENTE duplicado, e com integração trem-ônibus-metrô, aí sim, o VLT, seria viabilizado.

MAMUTE Dec 26, 2012 3:48 PM

:previous:Eu particularmente preferia que fosse implantado um Monotrilho, seguindo a BR 040 passando pela EPIA ate a Rodoferroviária, para no futuro ser ligado a um possível ramal do Metrô ou um VLT pelo eixo monumental...

pesquisadorbrazil Dec 26, 2012 4:17 PM

Quote:

Originally Posted by MAMUTE (Post 5950433)
:previous:Eu particularmente preferia que fosse implantado um Monotrilho, seguindo a BR 040 passando pela EPIA ate a Rodoferroviária, para no futuro ser ligado a um possível ramal do Metrô ou um VLT pelo eixo monumental...

Eu sei que eles pretendem construir uma estação de integração vlt-trem no Park Way. E existe também o interesse de extender os trilhos, chegando até Planaltina GO e Formosa GO, aí sim, atenderia uma imensa área e também de moradores.


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